Após revelar abuso, ex-jogador inglês diz que centenas podem ter sido vítimas
Londres, 24 nov (EFE).- O ex-jogador inglês Paul Stewart, que revelou ter sofrido abusos sexuais no início da carreira, afirmou nesta quinta-feira que o número de vítimas em casos parecidos com o seu pode ter passado de 100.
Stewart, de 52 anos, que defendeu Tottenham, Manchester City e Liverpool, entre outros, é o quarto ex-jogador a confessar ter sido abusado por seu treinador quando jovem.
Segundo relato do ex-meio-campista em entrevista ao jornal "Daily Mirror", os abusos, sofridos quando tinha entre 11 e 15 anos, eram quase diários e sempre sob a ameaça de matar algum familiar caso relatasse o ocorrido a alguém.
"Um dia íamos de carro, e ele começou a me tocar. Levei um susto de morte, não sabia o que fazer. Pensei em dizer para meus pais que não voltassem a deixá-lo a entrar em casa, mas só tinha 11 anos", disse o ex-jogador.
"A partir desse momento, os abusos eram praticamente constantes. Me disse que mataria eu, meu pais, a minha mãe e a meus dois irmãos se lhes dissesse algo. O problema mental me levou a outros problemas com a bebida e as drogas quando deixei o futebol", contou Stewart, que acredita que outros jovens também foram abusados.
"Me consta que outros companheiros de equipe passaram pela mesma situação porque falamos sobre isso com os anos, quando já éramos todos adultos. Esse número pode facilmente superar a centena", afirmou.
O ex-jogador inglês, que foi molestado durante quatro anos, afirmou que o escândalo poderia ser similar ao do apresentador da rede de televisão britânica "BBC" Jimmy Savile, morto em 2011, que abusou de mais de 200 crianças e adultos durante mais de meio século.
"Acho que é parecido, claro. Na verdade, ficaria mais fácil se as vítimas dessem um passo à frente e denunciassem. Não foi fácil para mim, mas que era necessário para que outras pessoas também pudessem dar esse passo", relatou.
Além do caso de Stewart, nos últimos dias vieram à tona na Inglaterra os casos de outros três ex-jogadores: Andy Woodward, Steve Walters e David White.
Woodward foi o primeiro a admitir, em entrevista ao jornal "The Guardian". Quando tinha 11 anos e jogava no time de seu bairro, o treinador e observador Barry Bennell o convidou para treinar no Manchester City, e daí passou para o juvenil do Crewe , quando começaram os abusos.
Depois foi Walters o que contou uma experiência similar: "Após ler o artigo de Andy, sinto que tiro um grande peso das minhas costas. Espero que ajude para que mais gente denuncie", afirmou.
Após os dois, quem denunciou foi David White, ex-jogador do City, que afirmou ter sido abusado por um técnico que ele tinha como ídolo.
A Federação Inglesa de Futebol (FA) negou nesta quinta-feira não ter prestado socorro às supostas vítimas de abusos e insiste que a organização fará tudo que for possível para apoiar uma investigação criminosa.
"As vítimas denunciaram o que houve com elas. Assim que soubemos, começamos a trabalhar a respeito e agora abrimos uma linha de ajuda", declarou o presidente da FA, Greg Clarke.
Stewart, de 52 anos, que defendeu Tottenham, Manchester City e Liverpool, entre outros, é o quarto ex-jogador a confessar ter sido abusado por seu treinador quando jovem.
Segundo relato do ex-meio-campista em entrevista ao jornal "Daily Mirror", os abusos, sofridos quando tinha entre 11 e 15 anos, eram quase diários e sempre sob a ameaça de matar algum familiar caso relatasse o ocorrido a alguém.
"Um dia íamos de carro, e ele começou a me tocar. Levei um susto de morte, não sabia o que fazer. Pensei em dizer para meus pais que não voltassem a deixá-lo a entrar em casa, mas só tinha 11 anos", disse o ex-jogador.
"A partir desse momento, os abusos eram praticamente constantes. Me disse que mataria eu, meu pais, a minha mãe e a meus dois irmãos se lhes dissesse algo. O problema mental me levou a outros problemas com a bebida e as drogas quando deixei o futebol", contou Stewart, que acredita que outros jovens também foram abusados.
"Me consta que outros companheiros de equipe passaram pela mesma situação porque falamos sobre isso com os anos, quando já éramos todos adultos. Esse número pode facilmente superar a centena", afirmou.
O ex-jogador inglês, que foi molestado durante quatro anos, afirmou que o escândalo poderia ser similar ao do apresentador da rede de televisão britânica "BBC" Jimmy Savile, morto em 2011, que abusou de mais de 200 crianças e adultos durante mais de meio século.
"Acho que é parecido, claro. Na verdade, ficaria mais fácil se as vítimas dessem um passo à frente e denunciassem. Não foi fácil para mim, mas que era necessário para que outras pessoas também pudessem dar esse passo", relatou.
Além do caso de Stewart, nos últimos dias vieram à tona na Inglaterra os casos de outros três ex-jogadores: Andy Woodward, Steve Walters e David White.
Woodward foi o primeiro a admitir, em entrevista ao jornal "The Guardian". Quando tinha 11 anos e jogava no time de seu bairro, o treinador e observador Barry Bennell o convidou para treinar no Manchester City, e daí passou para o juvenil do Crewe , quando começaram os abusos.
Depois foi Walters o que contou uma experiência similar: "Após ler o artigo de Andy, sinto que tiro um grande peso das minhas costas. Espero que ajude para que mais gente denuncie", afirmou.
Após os dois, quem denunciou foi David White, ex-jogador do City, que afirmou ter sido abusado por um técnico que ele tinha como ídolo.
A Federação Inglesa de Futebol (FA) negou nesta quinta-feira não ter prestado socorro às supostas vítimas de abusos e insiste que a organização fará tudo que for possível para apoiar uma investigação criminosa.
"As vítimas denunciaram o que houve com elas. Assim que soubemos, começamos a trabalhar a respeito e agora abrimos uma linha de ajuda", declarou o presidente da FA, Greg Clarke.
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