Preso, Villar renuncia como vice-presidente e membro do comitê da Uefa
Ángel María Villar, que permanece desde o último dia 20 em prisão provisória após ser detido durante uma operação anticorrupção, apresentou sua renúncia como vice-presidente da Uefa e membro do Comitê Executivo da entidade, informaram à Agência Efe fontes do órgão reitor do futebol europeu. Segundo o jornal "Sport", Villar também apresentou sua demissão também junto à Fifa, onde tinha cargo no conselho em representação da Europa.
Através de uma carta enviada ao presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, ontem, Ángel María Villar "apresentou a sua renúncia como vice-presidente da Uefa e membro do Comitê Executivo com efeito imediato" pois "não terá funções oficiais" na entidade, segundo comunicaram à Efe, fontes da Uefa.
Villar, que chegou à presidência da Federação Espanhola em 1988, entrou no Comitê Executivo da Uefa em 1992 e desde 2002 ocupava uma das cinco vice-presidências, a primeira até o último dia 5 de abril, quando no 41º Congresso realizado em Helsinque o sueco Karl-Erik Nilsson lhe substituiu.
Em dito congresso Villar continuou com cargo de vice-presidente e também foram eleitos como tal o português Fernando Gomes, o ucraniano Hryhoriy Surkis e o alemão Reinhard Grindel.
O dirigente espanhol chegou a apresentar sua candidatura a presidir a Uefa nas eleições do ano passado, mas finalmente a retirou antes das votações nas quais o esloveno Ceferin ganhou o cargo do holandês Michael Van-Praag.
"O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, aceitou a carta de demissão do senhor Villar Llona e agradeceu os seus muitos anos de serviço ao futebol europeu. Levando em conta os procedimentos judiciais em curso na Espanha, não temos mais comentários a fazer sobre este assunto", diz a Uefa.
Ángel María Villar, suspenso cautelarmente no último dia 25 pelo Conselho Superior de Esportes como presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) por um ano, ingressou na quinta-feira passada na prisão de Soto del Real, em Madri, de maneira provisória e sem fiança após o pedido da Procuradoria Anticorrupção por um possível prejuízo de milhões de euros aos cofres do organismo.
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