Bale sai do banco para "pedalar", e Real conquista Champions pela 13ª vez
Kiev, 26 mai (EFE).- Em final marcada pela lesão de Mohamed Salah ainda no primeiro tempo e por um lindo gol de bicicleta de Gareth Bale, o Real Madrid venceu o Liverpool por 3 a 1 neste sábado, no Estádio Olímpico de Kiev, e conquistou o 13º título de Liga dos Campeões de sua história, o terceiro consecutivo.
A rede não balançou antes do intervalo, mas as chances de triunfo da equipe inglesa se reduziram com a lesão de seu principal jogador, Salah, que machucou o ombro em disputa de bola com Sergio Ramos. O Real também perdeu um homem machucado, o lateral Dani Carvajal.
Os gols aconteceram apenas na etapa final. Benzema, em bobeira do goleiro Karius, fez 1 a 0 para o maior campeão europeu da história. Os 'Reds' empataram pouco depois, com Salah, mas a "pedalada" de Bale, que começou a decisão no banco, garantiu que a 'orelhuda', como a taça da Champions é apelidada, voltasse para a Espanha, de onde não sai desde 2014. O galês ainda marcou o terceiro em mais uma falha - essa bisonha - do arqueiro alemão em um chute de longe.
Com mais esta conquista, o Real abriu vantagem como maior vencedor do principal torneio interclubes da Europa, com 13, quatro nos últimos cinco anos. O outro campeão desta meia década foi o Barcelona, em 2015.
De quebra, o time dirigido por Zinedine Zidane se tornou o primeiro a vencer a competição três vezes seguidas na chamada 'Era Liga dos Campeões', iniciada em 1992. Antes disso, o Ajax (1971 a 1973) e o Bayern de Munique (1974 a 1976) haviam realizado o feito, além do próprio Real, que triunfara nas cinco primeiras edições da então chamada Copa da Europa, de 1956 a 1960.
Ao Liverpool, resta lamentar a terceira derrota seguida em finais continentais, incluindo também a Champions 2006-2007 e a Liga Europa 2015-2016 e se consolar com o fato de ainda ser o terceiro colocado em número de títulos da competição principal, com cinco, ao lado de Bayern e Barça, e atrás também do Milan, que soma sete.
O Real teve equipe completa para a final, e havia apenas uma dúvida para a formação inicial, o parceiro de ataque de Cristiano Ronaldo. Bale e Benzema foram tidos como os concorrentes pelo que foi visto nos treinamentos, e o francês começou jogando.
No Liverpool, os zagueiros Joel Matip e Joe Gómez e o meia Alex Oxlade-Chamberlain, machucados, foram desfalques. Os meio-campistas Emre Can e James Milner foram liberados pelo departamento médico, mas ficaram no banco.
Os 'Reds' tiveram mais iniciativa e se fizeram presentes no campo de ataque com maior força nos instantes iniciais da decisão, mas quem conseguiu finaliza primeiro foi o Real. Aos dez minutos, Marcelo fez o giro pelo meio e bateu rasteiro de fora da área, cedendo o tiro de meta. Pouco depois, aos 14, a bola foi de pé em pé no ataque do time inglês, mas Roberto Firmino foi bloqueado na esquerda da área antes de concluir.
Em um de seus primeiros toques na bola, aos 15 minutos, Cristiano Ronaldo já assustou a torcida adversária. Após passe errado de Firmino, o craque português disparou pela direita, invadiu e encheu o pé por cima do travessão.
O atacante da seleção brasileira voltou a falhar aos 21, agora no setor ofensivo. Em uma descida com três homens de vermelho contra dois de branco, Firmino poderia ter servido Salah, mas tentou o passe de cabeça para Mané e errou. Um minuto depois, o ex-jogador do Figueirense bateu, Alexander-Arnold soltou a bomba na sobra e o goleiro Navas caiu para segurar.
Em seguida, aos 29, os 'Reds' perderam seu principal jogador. Salah teve o braço direito preso em dividida com Sergio Ramos, machucou o ombro e teve que ser substituído por Lallana. Aos 35, foi a vez do Real perder um jogador, Carvajal, que também se lesionou e cedeu lugar a Nacho.
Os jogadores pareceram espantados com as contusões, e a decisão esfriou um pouco. Até que aos 42 minutos o time espanhol foi às redes, mas o lance foi anulado. Nacho cruzou da direita, Cristiano cabeceou e Karius operou um milagre. Benzema completou para o gol no rebote, mas foi flagrado em impedimento.
O camisa 9 do Real voltou a incomodar nos acréscimos, aos 47, em chute de fora da área pela esquerda. A bola passou raspando a trave, e Karius dificilmente teria alcançado.
O segundo tempo começou com pressão dos 'Blancos' e uma bola no travessão. Alexander-Arnold deu um presente para o ataque adversário, Marcelo tocou para o meio e a bola chegou a Isco, que tirou bem do goleiro, mas não abriu o placar por centímetros.
Logo na sequência, aos cinco, o Real fez 1 a 0 em uma trapalhada tremenda do goleiro. Benzema foi lançado, Karius encaixou e tentou fazer a reposição rápida, mas o francês, atento, interceptou e colocou a equipe madrilenha à frente.
No entanto, a alegria da torcida merengue e a frustração dos 'Reds' durou apenas três minutos. Aos oito, Milner cobrou escanteio, Lovren cabebeou e Mané, em condição legal, apareceu por trás dos marcadores para desviar de pé direito e deixar tudo igual.
Ninguém relaxava com o empate, e o jogo era lá e casa. Aos 15 minutos, Nacho cruzou a meia altura da direita, Isco dominou fazendo o giro e chutou no cantinho, mas Karius caiu bem e espalmou para escanteio.
Pesou então a força do banco do Real Madrid, que voltou a ficar em vantagem aos 18. Marcelo levantou de pé direito pela esquerda, Bale, que entrara pouco antes, acertou uma bicicleta no canto direito e desempatou.
O Liverpool não desistia, mas a sorte estava ao lado do adversário. Aos 24, Mané teve espaço pelo meio, levou para o pé direito e bateu rasteiro, carimbando o pé da trave.
Sem alternativa, o time inglês ia para cima, mas ficava exposto aos contra-ataques. Em um deles, aos 28, Cristiano Ronaldo recebeu pelo meio e partiu com certa liberdade, mas demorou a definir e foi travado por Robertson.
Bale se mostrou uma aposta certeira de 'Zizou' e incomodou mais uma vez aos 35, fazendo cruzamento certeiro para Benzema, que pegou de primeira e parou em Karius. Aos 37, porém, o galês chutou de longe, com efeito, o goleiro alemão falhou ao tentar a defesa e engoliu um frango.
Se depois do segundo gol o Liverpool não esmoreceu, o terceiro foi um banho de água fria. O time dirigido por Klopp não teve forças para reagir, e o Real passou a administrar. Foi do time espanhol a última descida mais perigosa, com Cristiano Ronaldo, mas um torcedor invadiu o gramado e fez com que a jogada fosse anulada. Logo depois, o árbitro encerrou a final na capital ucraniana.
Ficha técnica:.
Real Madrid: Navas; Carvajal (Nacho), Varane, Sergio Ramos e Marcelo; Casemiro, Kroos, Modric e Isco (Bale); Cristiano Ronaldo e Benzema (Asensio). Técnico: Zinedine Zidane.
Liverpool: Karius; Alexander-Arnold, Lovren, Van Dijk e Robertson; Henderson, Wijnaldum e Milner (Can); Mané, Salah (Lallana) e Roberto Firmino. Técnico: Jürgen Klopp.
Árbitro: Milorad Mazic (Sérvia), auxiliado pelos compatriotas Milovan Ristic e Dalibor Djurdjevic.
Cartão amarelo: Mané (Liverpool).
Gols: Benzema e Bale (2x) (Real Madrid); Mané (Liverpool).
Estádio Olímpico de Kiev.
A rede não balançou antes do intervalo, mas as chances de triunfo da equipe inglesa se reduziram com a lesão de seu principal jogador, Salah, que machucou o ombro em disputa de bola com Sergio Ramos. O Real também perdeu um homem machucado, o lateral Dani Carvajal.
Os gols aconteceram apenas na etapa final. Benzema, em bobeira do goleiro Karius, fez 1 a 0 para o maior campeão europeu da história. Os 'Reds' empataram pouco depois, com Salah, mas a "pedalada" de Bale, que começou a decisão no banco, garantiu que a 'orelhuda', como a taça da Champions é apelidada, voltasse para a Espanha, de onde não sai desde 2014. O galês ainda marcou o terceiro em mais uma falha - essa bisonha - do arqueiro alemão em um chute de longe.
Com mais esta conquista, o Real abriu vantagem como maior vencedor do principal torneio interclubes da Europa, com 13, quatro nos últimos cinco anos. O outro campeão desta meia década foi o Barcelona, em 2015.
De quebra, o time dirigido por Zinedine Zidane se tornou o primeiro a vencer a competição três vezes seguidas na chamada 'Era Liga dos Campeões', iniciada em 1992. Antes disso, o Ajax (1971 a 1973) e o Bayern de Munique (1974 a 1976) haviam realizado o feito, além do próprio Real, que triunfara nas cinco primeiras edições da então chamada Copa da Europa, de 1956 a 1960.
Ao Liverpool, resta lamentar a terceira derrota seguida em finais continentais, incluindo também a Champions 2006-2007 e a Liga Europa 2015-2016 e se consolar com o fato de ainda ser o terceiro colocado em número de títulos da competição principal, com cinco, ao lado de Bayern e Barça, e atrás também do Milan, que soma sete.
O Real teve equipe completa para a final, e havia apenas uma dúvida para a formação inicial, o parceiro de ataque de Cristiano Ronaldo. Bale e Benzema foram tidos como os concorrentes pelo que foi visto nos treinamentos, e o francês começou jogando.
No Liverpool, os zagueiros Joel Matip e Joe Gómez e o meia Alex Oxlade-Chamberlain, machucados, foram desfalques. Os meio-campistas Emre Can e James Milner foram liberados pelo departamento médico, mas ficaram no banco.
Os 'Reds' tiveram mais iniciativa e se fizeram presentes no campo de ataque com maior força nos instantes iniciais da decisão, mas quem conseguiu finaliza primeiro foi o Real. Aos dez minutos, Marcelo fez o giro pelo meio e bateu rasteiro de fora da área, cedendo o tiro de meta. Pouco depois, aos 14, a bola foi de pé em pé no ataque do time inglês, mas Roberto Firmino foi bloqueado na esquerda da área antes de concluir.
Em um de seus primeiros toques na bola, aos 15 minutos, Cristiano Ronaldo já assustou a torcida adversária. Após passe errado de Firmino, o craque português disparou pela direita, invadiu e encheu o pé por cima do travessão.
O atacante da seleção brasileira voltou a falhar aos 21, agora no setor ofensivo. Em uma descida com três homens de vermelho contra dois de branco, Firmino poderia ter servido Salah, mas tentou o passe de cabeça para Mané e errou. Um minuto depois, o ex-jogador do Figueirense bateu, Alexander-Arnold soltou a bomba na sobra e o goleiro Navas caiu para segurar.
Em seguida, aos 29, os 'Reds' perderam seu principal jogador. Salah teve o braço direito preso em dividida com Sergio Ramos, machucou o ombro e teve que ser substituído por Lallana. Aos 35, foi a vez do Real perder um jogador, Carvajal, que também se lesionou e cedeu lugar a Nacho.
Os jogadores pareceram espantados com as contusões, e a decisão esfriou um pouco. Até que aos 42 minutos o time espanhol foi às redes, mas o lance foi anulado. Nacho cruzou da direita, Cristiano cabeceou e Karius operou um milagre. Benzema completou para o gol no rebote, mas foi flagrado em impedimento.
O camisa 9 do Real voltou a incomodar nos acréscimos, aos 47, em chute de fora da área pela esquerda. A bola passou raspando a trave, e Karius dificilmente teria alcançado.
O segundo tempo começou com pressão dos 'Blancos' e uma bola no travessão. Alexander-Arnold deu um presente para o ataque adversário, Marcelo tocou para o meio e a bola chegou a Isco, que tirou bem do goleiro, mas não abriu o placar por centímetros.
Logo na sequência, aos cinco, o Real fez 1 a 0 em uma trapalhada tremenda do goleiro. Benzema foi lançado, Karius encaixou e tentou fazer a reposição rápida, mas o francês, atento, interceptou e colocou a equipe madrilenha à frente.
No entanto, a alegria da torcida merengue e a frustração dos 'Reds' durou apenas três minutos. Aos oito, Milner cobrou escanteio, Lovren cabebeou e Mané, em condição legal, apareceu por trás dos marcadores para desviar de pé direito e deixar tudo igual.
Ninguém relaxava com o empate, e o jogo era lá e casa. Aos 15 minutos, Nacho cruzou a meia altura da direita, Isco dominou fazendo o giro e chutou no cantinho, mas Karius caiu bem e espalmou para escanteio.
Pesou então a força do banco do Real Madrid, que voltou a ficar em vantagem aos 18. Marcelo levantou de pé direito pela esquerda, Bale, que entrara pouco antes, acertou uma bicicleta no canto direito e desempatou.
O Liverpool não desistia, mas a sorte estava ao lado do adversário. Aos 24, Mané teve espaço pelo meio, levou para o pé direito e bateu rasteiro, carimbando o pé da trave.
Sem alternativa, o time inglês ia para cima, mas ficava exposto aos contra-ataques. Em um deles, aos 28, Cristiano Ronaldo recebeu pelo meio e partiu com certa liberdade, mas demorou a definir e foi travado por Robertson.
Bale se mostrou uma aposta certeira de 'Zizou' e incomodou mais uma vez aos 35, fazendo cruzamento certeiro para Benzema, que pegou de primeira e parou em Karius. Aos 37, porém, o galês chutou de longe, com efeito, o goleiro alemão falhou ao tentar a defesa e engoliu um frango.
Se depois do segundo gol o Liverpool não esmoreceu, o terceiro foi um banho de água fria. O time dirigido por Klopp não teve forças para reagir, e o Real passou a administrar. Foi do time espanhol a última descida mais perigosa, com Cristiano Ronaldo, mas um torcedor invadiu o gramado e fez com que a jogada fosse anulada. Logo depois, o árbitro encerrou a final na capital ucraniana.
Ficha técnica:.
Real Madrid: Navas; Carvajal (Nacho), Varane, Sergio Ramos e Marcelo; Casemiro, Kroos, Modric e Isco (Bale); Cristiano Ronaldo e Benzema (Asensio). Técnico: Zinedine Zidane.
Liverpool: Karius; Alexander-Arnold, Lovren, Van Dijk e Robertson; Henderson, Wijnaldum e Milner (Can); Mané, Salah (Lallana) e Roberto Firmino. Técnico: Jürgen Klopp.
Árbitro: Milorad Mazic (Sérvia), auxiliado pelos compatriotas Milovan Ristic e Dalibor Djurdjevic.
Cartão amarelo: Mané (Liverpool).
Gols: Benzema e Bale (2x) (Real Madrid); Mané (Liverpool).
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