Meia islandês festeja empate com Argentina: "estamos fazendo história"
Após uma participação memorável na Eurocopa de 2016, a Islândia se classificou para a primeira Copa do Mundo e conseguiu empatar na estreia com a Argentina, feitos que o meia Emil Hallfredsson classificou em entrevista à Agência Efe como dois capítulos de uma série de feitos históricos de sua seleção.
A carreira de Hallfredsson já é um bom exemplo de um desafio comum aos jogadores islandeses que pretendem se tornar profissionais. Ele precisou ir para o exterior, se desenvolver em campeonatos de Inglaterra, Suécia e Noruega antes de adquirir reconhecimento e estabilidade na Itália. Lá, jogou pelo Verona e agora está na Udinese.
Depois de parar Messi e cia. com o empate por 1 a 1, o jogador de 33 anos afirmou que a seleção 'viking' segue disposta a "surpreender o mundo" e conseguir outros feitos.
Primeira partida da seleção islandesa em uma Copa do Mundo e primeiro ponto. O empate é um sinal de que a Islândia não está de brincadeira no torneio?
A verdade é que estamos muito felizes por termos conseguido este resultado diante de uma equipe que é realmente boa, como a Argentina. Nos preparamos para este torneio e começamos bem. Somos uma equipe compacta, não damos muitas chances para o adversário e isso é fundamental para somarmos pontos contra equipes de maior tradição.
Qual o segredo para conseguir fazer frente a seleções com mais história no futebol?
As outras seleções têm grandes jogadores, mas nós temos uma defesa compacta e sólida. Além disso, sabemos que em cada partida podemos ter três, quatro ou cinco ocasiões para marcar, como ocorreu contra a Argentina. Chegamos ao final da partida um pouco cansados, porque jogar deste modo representa gastar muita energia, mas o nosso plano consiste em reduzir os espaços. Isto nos deu o primeiro ponto.
O empate contra a Argentina abre a porta para a segunda fase?
Estar ou não na fase seguinte dependerá dos resultados que conseguirmos na fase de grupos. Portanto, queremos conseguir outros bons resultados contra Nigéria e Croácia.
Sabemos que qualquer equipe encontra dificuldades contra a gente. Queremos seguir adiante.
Até que ponto está ajudando a experiência da Eurocopa passada (quando a seleção escandinava chegou às quartas de final)?
A Eurocopa nos fez mais fortes como equipe. Temos mais experiência e a experiência nos dá confiança para encarar qualquer rival.
O livro de história do futebol islandês estava em branco até a chegada desta geração, que vem desafiando a lógica. O que pensa sobre isso?
Acredito que a cada dia estamos fazendo história para o nosso país. Esta é a principal razão pela qual queremos continuar assim.
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