Ginobili escreve carta após encerrar carreira: 'Não ficou nada pendente'
Buenos Aires, 28 ago (EFE).- O ala-armador argentino Manu Ginobili, que anunciou a aposentadoria na segunda-feira, compartilhou nas redes sociais uma carta de despedida na qual diz que "esticou bastante" a carreira e que está "convicto" da decisão que tomou porque "não ficou nada pendente".
"Estou muito entusiasmado pela decisão tomada e pelo que vem, mas também com bastante incerteza de não saber como me adaptarei ao dia a dia sem pensar na próxima partida. É que fiz somente isto durante toda a minha vida adulta", disse o agora ex-jogador.
A carta divulgada por Ginobili foi originalmente publicada no jornal argentino "La Nación". Ao longo do texto, o ex-jogador conta que já vinha pensando na aposentadoria há algum tempo.
"Também não posso dizer que foi uma decisão inesperada. Tenho 41 anos, estiquei bastante essa questão no basquete, não? Não só isso, na minha cabeça, a temporada passada foi o tempo todo "a última". Nunca exteriorizei isso porque não tinha nenhum sentido limitar as minhas opções, queria deixar a porta aberta para caso mudasse de ideia", acrescentou.
De acordo com Ginobili, ao retornar aos treinos com o San Antonio Spurs ainda sentia lesões da temporada anterior, e isso também contribuiu para a decisão de se aposentar.
"Estou convicto e feliz pelo passo que dei. É difícil de explicar tudo o que senti. Imediatamente depois senti um grande alívio e pensei que poderia me desligar, mas começaram a chegar as mensagens e não pude evitar. Algumas realmente me emocionaram", revelou.
Mesmo aposentado do esporte, o argentino avisou que não se afastará totalmente da equipe e que tentará colaborar "de fora".
"Os meus filhos já começaram as aulas e enquanto estiver na cidade vou estar perto da equipe e da franquia. Talvez não possa ajudar mais cavando uma falta no ataque ou roubando bolas, mas tentarei somar no que puder", afirmou.
Medalhista de ouro com a seleção da Argentina nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, o ex-jogador confirmou que não faltou nada a conquistar na carreira.
"Joguei até quando tive vontade. Alguns têm que se aposentar por lesões ou outras questões antes do tempo, mas eu joguei até depois dos 40 anos. A verdade é que não ficou nada pendente. E mais, me dei o gostinho nos últimos três anos de jogar como quem estivesse com os amigos, sem sentir a pressão de ser responsável pelo que pode acontecer", analisou.
Ginobili disse que aproveitará a aposentadoria para passar mais tempo com a esposa e os filhos, comer muito e ter "bem menos responsabilidades".
"Definitivamente, vou desfrutar de ter tempo disponível, porque é o que todo o mundo quer, e eu agora o tenho, aos 41 anos. Obrigado a todos por me apoiarem nesta longa viagem", concluiu.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.