Justiça prolonga prisão preventiva de jogadores russos acusados de agressão
Os jogadores russos Aleksandr Kokorin, do Zenit São Petersburgo, e Pavel Mamaev, do Krasnodar, terão que passar o Natal em prisão preventiva, já que o tribunal Tverskoi, de Moscou, aceitou nesta quarta-feira (5) o pedido da acusação de mais dois meses de reclusão para os dois.
Dessa forma, o tribunal rejeitou os argumentos da defesa, que insistiu que nenhum dos dois atletas representa um perigo para a sociedade, não têm intenção de fugir, têm filhos pequenos e pediram desculpas pelos seus atos.
"Fora da prisão preventiva, Kokorin e Mamaev terão a possibilidade de continuar a sua atividade criminal", alegou o promotor, que destacou que os acusados cometeram crimes "com especial cinismo e crueldade".
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Acusados de vandalismo e agressão, os jogadores estiveram presentes na audiência e pediram ao juiz que modificasse a medida cautelar de prisão preventiva para prisão domiciliar, liberdade vigiada ou liberdade através de pagamento de fiança.
Mamaev declarou que havia aberto uma conta bancária na qual colocou dinheiro em nome de uma das vítimas da agressão, o motorista de uma famosa apresentadora da televisão russa.
"Admito parcialmente a minha culpa", disse Kokorin, que, por sua vez, negou ter participado dos atos contra o motorista e garantiu que este os insultou.
Ambos os atletas, que estão na prisão de Butirka desde outubro, insistem que colaboraram com a investigação desde o começo e que estão dispostos a entregar à polícia o passaporte como garantia de que não fugirão para o exterior.
A decisão do tribunal foi tomada um dia depois que o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, se pronunciou a favor da punição aos jogadores, que inclusive já vestiram a camisa da seleção russa.
"Vocês consideram que é melhor que eles voltem a jogar futebol? Eu também opino que é preciso julgá-los com todo o peso da lei. E certamente é assim que pensam as pessoas agredidas por eles", comentou Peskov.
"Não faz diferença que sejam jogadores bons ou ruins, estamos falando de um possível crime. E se houve crime ou não e qual deve ser a punição, só cabe ao tribunal decidir", completou.
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