Após confusão, Argentina terá passaporte do torcedor contra violência
Após a confusão na final da Libertadores entre River Plate e Boca Juniors, o Governo nacional e a organização do Campeonato Argentino assinaram nesta sexta-feira um convênio para identificar a partir do meio do ano que vem as pessoas que entram nos estádios de futebol através de um novo passaporte do torcedor. O anúncio foi feito pela ministra de Segurança, Patricia Bullrich.
A medida reforça o programa Tribuna Segura, que começou em 2016 e tem como objetivo fazer com que o futebol argentino deixe de ser um ambiente de violência, conforme explicou a ministra. Desde 2012, 68 pessoas morreram em incidentes ligados à modalidade no país.
Para definir a criação do passaporte do torcedor, o presidente da Superliga, responsável pela organização do campeonato, Mariano Elizondo, disse que foram analisadas experiências de outros países em esportes como o basquete e o futebol americano. Além disso, ele e outros dirigentes receberam assessoria do diretor de Segurança dos organizadores do Campeonato Espanhol, Florentino Villabona.
"Temos que saber quem é que está dentro do estádio", afirmou Elizondo, que acredita que a iniciativa contribuirá para "descer muito os níveis de conflito".
Ainda não foi esclarecido como será o processo para obter o passaporte, mas Patricia Bullrich disse que o documento será validado pelo Estado através do Registro Nacional de Pessoas para que pertença "a uma pessoa física e viva e não a uma pessoa que não exista".
A ideia surge pouco menos de três semanas depois do ataque ao ônibus do Boca Juniors, realizado no último dia 24. Com pedras e garrafas, barras bravas do River Plate acertaram o veículo que levava a equipe 'xeneize' para o estádio Monumental de Nuñez para a disputa do jogo de volta da final da Taça Libertadores.
Alguns jogadores ficaram feridos, o que levou a Conmebol a optar por remarcar a partida para o estádio Santiago Bernabéu, em Madri.
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