Justiça do Paraguai investiga suposto sequestro de familiares de Chilavert
A Promotoria do Paraguai informou nesta segunda-feira (7) que abriu um inquérito para investigar a possibilidade de tráfico humano com fins trabalhistas na Ucrânia do irmão e do sobrinho do ex-goleiro José Luis Chilavert, um dos maiores nomes da história da seleção paraguaia.
A promotora Natalhia Acevedo, da Unidade Especializada na Luta contra o Tráfico Humano, explicou em entrevista coletiva que a investigação começou na última sexta-feira (4) após o recebimento de uma denúncia que Rolando e Iván, respectivamente irmão e sobrinho do ex-goleiro, estavam em situação de "privação da liberdade".
Os dois foram à cidade ucraniana de Odessa após receberem uma oferta de trabalho para atuarem em um clube ucraniano por 2 milhões de euros, segundo a promotora. No entanto, quando chegaram ao país, tiveram seus passaportes e o dinheiro que levavam consigo apreendidos. Depois, foram privados de andar livremente.
A promotora disse que entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores do Paraguai para que diplomatas do país na Ucrânia tentassem buscar e resgatar os familiares de Chilavert, uma missão que ocorreu com sucesso.
Rolando e Iván chegaram ao Paraguai na manhã desta segunda-feira e serão convocados a prestar depoimento quando estiverem em condições, segundo a promotora responsável pelo caso.
Acevedo convocou entrevista coletiva para explicar a investigação após uma polêmica iniciada por Chilavert, que desmentiu a promotora em entrevista a uma emissora local. O ex-goleiro afirmou que o irmão e o sobrinho recorreram aos diplomatas paraguaios na Ucrânia após um "extravio" de seus passaportes.
Na entrevista, Chilavert também acusou o ministro do Interior do Paraguai, Juan Ernesto Villamayor, de dizer "coisas que não eram certas" aos veículos de imprensa do país. A crítica era uma referência às declarações de Villamayor de que familiares do ex-goleiro da seleção paraguaia haviam sido sequestrados.
Chilavert chamou as afirmações de "loucas" e "infantis". Além disso, o ex-jogador afirmou que esteve o "tempo todo" em contato com seu irmão e com seu sobrinho durante o período na Ucrânia.
Apesar das críticas ao ministro, o ex-goleiro agradeceu ao presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e ao ministro de Relações Exteriores, Luis Alberto Castiglioni, pelos "passaportes provisórios" concedidos aos seus parentes.
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