Críticas a véu islâmico derrubam presidente da Federação Sueca de Natação
Copenhague, 14 fev (EFE).- A presidente da Federação Sueca de Natação, Ulla Gustavsson, renunciou nesta quinta-feira ao cargo após a polêmica provocada pelas críticas feitas por ela a uma foto de uma atleta com véu islâmico publicada em uma campanha publicitária da Confederação Sueca de Esportes.
"A direção da Federação Sueca de Natação leva muito a sério o debate dos últimos dias e chegou à conclusão que não há mais condições para que Ulla Gustavsson possa continuar dirigindo a organização", disse a entidade em comunicado, no qual afirma que a dirigente decidiu apresentar sua própria renúncia.
A Confederação Sueca de Esportes, que reúne todas as federações nacionais, divulgou há poucos dias uma imagem com uma jovem, com véu islâmico, praticando tiro esportivo. A foto fazia parte de um projeto de marketing para atrair mais jovens no mundo do esporte.
Gustavsson criticou duramente a confederação nas redes sociais, acusando a entidade de apoiar de forma indireta a opressão das mulheres. A dirigente reforçou a opinião posteriormente, em entrevista a vários veículos da imprensa sueca.
"Se querem mostrar meninas de origem imigrante, podem fazê-lo sem que levem o véu. A confederação mostra, portanto, que gosta e apoia a opressão feminina: mutilação genital, casamento entre crianças e crimes de honra", disse ela ao jornal "Aftonbladet".
As declarações de Gustavsson foram criticadas por várias importantes figuras do esporte sueco, entre eles o presidente da confederação, Björn Eriksson, que garantiu que a foto simbolizava a "alegria e a inclusão". No entanto, a imagem foi excluída do site.
"A direção da Federação Sueca de Natação leva muito a sério o debate dos últimos dias e chegou à conclusão que não há mais condições para que Ulla Gustavsson possa continuar dirigindo a organização", disse a entidade em comunicado, no qual afirma que a dirigente decidiu apresentar sua própria renúncia.
"As opiniões de Gustavsson são opostas à estratégia e à visão da federação que todas as crianças devem ter um lugar na nossa modalidade, com as mesmas condições", afirmou a federação. EFE
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