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Polícia investiga suposta manipulação de partidas no Campeonato Indonésio

21/02/2019 10h48

Jacarta, 21 fev (EFE).- A polícia da Indonésia investiga indícios de manipulação de partidas no futebol nacional e citou como suspeitos 15 membros da Federação Indonésia de Futebol (PSSI, sigla em indonésio), entre eles o presidente da organização.

"(A polícia) recebeu 500 relatos de casos relacionados com a manipulação de resultados no futebol indonésio nos últimos dois meses", anunciou a Polícia Nacional em sua conta no Twitter.

Em dezembro foi revelada uma gravação de áudio na qual um dos membros da organização oferece US$ 10 mil ao técnico de uma equipe da segunda divisão para tentar influenciar o resultado de uma partida.

A revelação resultou na demissão do treinador e um comitê disciplinar o sancionou com uma multa e a proibição de assumir qualquer cargo em três anos.

Após o escândalo as autoridades fizeram inspeções nos escritórios da federação e nas residências de alguns funcionários da entidade, entre eles o presidente interino, Joko Driyono, que também é investigado por suposta destruição de provas.

A Unidade contra a Máfia no Futebol da Polícia Nacional confiscou computadores, díscos rígidos e documentos relacionados às três divisões do esporte no país. As investigações estão concentradas nas transações financeiras da federação.

"Temos 75 provas relacionadas à manipulação de partidas na Indonésia", afirmou o porta-voz da Polícia Nacional, Dedi Prasetyo, nas redes sociais.

Joko assumiu o posto automaticamente após presidente anterior, Edy Rahmayadi, renunciar em meados de janeiro, depois de ser pressionado por um discurso no qual pediu a lealdade dos membros de associação.

A PSSI anunciou em comunicado divulgado na terça-feira que fará um congresso para selecionar uma nova diretoria. Antes, haverá uma com representantes da Fifa na Suíça.

O futebol indonésio já foi afetado por vários escândalos de corrupção, violência entre torcedores e má gestão na última década, enquanto a seleção do país foi sancionada entre 2015 e 2018 por ingerências do governo no futebol. EFE