CAS adia decisão para definir caso de regra da testosterona da IAAF
A Corte Arbitral do Esporte (CAS) anunciou hoje que adiará em mais um mês, até o fim de abril, a decisão sobre a batalha entre a meio-fundista sul-africana Caster Semenya e a Federação Internacional de Associações de Atletismo (IAAF), sobre a situação de mulheres com alto nível de testosterona.
Em comunicado, o tribunal sediado em Lausanne, na Suíça, apontou que as duas partes apresentaram novas alegações e provas; por isso, entraram em acordo para que seja prolongado o prazo para uma sentença, que ainda não tem data precisa para ser divulgada.
Inicialmente, a CAS havia estabelecido o dia 26 de março, próxima terça-feira, como data limite para o anúncio do resultado do julgamento, cerca de seis meses antes do início do Campeonato Mundial de Atletismo, que acontecerá em Doha, no Catar.
O caso gira em torno das regulamentações que a IAAF quer aplicar para atletas com hiperandrogenismo, restringindo a participação em provas entre os 400 m e os 1.500 m, o que afetaria Semenya, bicampeã olímpica dos 800 m.
A norma da federação impediria as meio-fundistas de competir, caso os níveis de testosterona abaixo dos 5 nanomols por litro de sangue durante, pelo menos, seis meses antes de ir para a pista.
Até o momento, a tolerância era de 10 nanomols, o que, segundo aponta hoje a IAAF, essa proporção aumenta a massa muscular em 4,4%, a força entre 12% e 26%, e a hemoglobina em 7,8%.
A ideia da entidade internacional era conseguir colocar as regras em vigor a partir de 1º de novembro do ano passado, mas, a data ficou em suspenso até a decisão da CAS.
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