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Tite nega envio de drone para espionar treino do Peru e elogia Guerrero

21/06/2019 21h37

São Paulo, 21 jun (EFE).- O técnico Tite negou nesta sexta-feira ter enviado um drone para espionar o treino do Peru, adversário do Brasil amanhã, em São Paulo, em jogo que vale a classificação para as quartas de final da Copa América como líder do grupo A, e elogiou Paolo Guerrero, com quem trabalhou no Corinthians.

Perguntado sobre a espionagem ao treino do adversário, revelada pelo jornal peruano "Líbero", Tite deu sua "palavra de honra" que não tem qualquer envolvimento com a aeronave que sobrevoou a atividade realizada pelo 'Blanquirroja' ontem no Pacaembu.

"Tenha minha palavra de honra que não houve nada. A palavra de honra. Se tiver que pagar esse preço para vencer, pego meu boné e vou para casa. Se tiver que bater para vencer, pego meu boné e vou para casa. Não tenho mais idade para isso", disse Tite em entrevista coletiva.

"Não fiz isso no início da minha carreira, vou fazer agora?", continuou Tite, lembrando um episódio em que era técnico do Grêmio, antes da final da Copa do Brasil de 2001 contra o Corinthians, quando mandou o hoje auxiliar da seleção, Cléber Xavier, acompanhar uma atividade comandada por Vanderlei Luxemburgo.

"Bom, eu fiz, mas não comparem_ fiz com o Cleber (Xavier), contra o Corinthians, em um treino aberto. O treino é aberto, eu vou lá ver! Ok, foi lá no início, e eu fiz. Agora vocês têm minha palavra, não faço mais", explicou o comandante da seleção.

Tite fez elogios a Guerrero, com quem disse ter um "laço de amizade" e um "respeito muito grande". Juntos no Corinthians, eles conquistaram três títulos: o Mundial de Clubes (2012), a Recopa Sul-Americana (2013) e o Campeonato Paulista (2013).

"Não gostaria de enfrentar nenhum dos meus ex-jogadores, incluindo Guerrero", afirmou.

O comandante da seleção também destacou o trabalho do técnico do Peru, Ricardo Gareca. Para Tite, o adversário tem um "amplo domínio" de seus jogadores e sabe muito bem onde escalá-los em campo.

"O Peru é uma equipe equilibrada com transições rápidas e tem boa triangulação entre Jefferson Farfán, Paolo Guerrero e Christian Cueva", explicou o técnico. EFE