Presidente da federação búlgara renuncia após atos racistas de torcida
O presidente da federação de futebol da Bulgária, Borislav Mihaylov, que foi goleiro da seleção do país nas Copas do Mundo de 1986, 1994 e 1998, renunciou ao cargo hoje, um dia depois dos atos de racismo no Estádio Nacional, em Sófia.
Ontem, a partida entre as seleções búlgara e inglesa, que terminou com goleada dos visitantes por 6 a 0, pelas Eliminatórias para a Eurocopa de 2020, foi paralisada duas vezes pelo árbitro croata Ivan Bebek, devido as ofensas racistas proferidas por torcedores locais aos jogadores do 'English Team'.
Mais cedo, o diretor de comunicação da federação nacional, Hristo Zapryanov, havia garantindo que Mihaylov não renunciaria, mesmo com a pressão imposta pelo governo da Bulgária, já que o primeiro-ministro Boiko Borisov cortou todas as relações, inclusive econômicas, com a entidade esportiva.
"A decisão é resultado das tensões criadas nos últimos dias, que provoca danos ao futebol búlgaro e à federação", diz nota divulgada pela União Búlgara de Futebol.
No jogo de ontem, no Estádio Nacional, um grupo foi flagrado durante a transmissão do jogo fazendo saudações nazistas e ostentando camisas ironizando a campanha de tolerância da Uefa, com frase em inglês que dizia "Sem Respeito".
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