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Jornal lembra Libertadores e sugere Barça x Real na Argentina

Santiago Bernabéu lotado para a final da Libertadores, entre River Plate e Boca Juniors - Rodrigo Jimenez/EFE
Santiago Bernabéu lotado para a final da Libertadores, entre River Plate e Boca Juniors Imagem: Rodrigo Jimenez/EFE

16/10/2019 15h56

O "Olé", principal jornal esportivo da Argentina, sugeriu hoje (16) uma "devolução de favor", com a realização no país do clássico entre Barcelona e Real Madrid, pelo Campeonato Espanhol, um ano após River Plate e Boca Juniors decidirem a Taça Libertadores no estádio Santiago Bernabéu.

Na Espanha, a liga que organiza a competição nacional e a comissão antiviolência no esporte do governo local pediram que a partida marcada para 26 de outubro não aconteça no estádio Camp Nou, mas sim na casa do clube da capital, com a inversão do mando de campo.

Ambos os pedidos são motivados pelos protestos populares que acontecem há dois dias na Catalunha. A partir disso, o "Olé" brincou e deu a sugestão da realização bem longe da Espanha.

"E se vierem jogar na Argentina? Devolução de favores...", brincou a publicação, em seu perfil no Twitter.

No ano passado, o segundo jogo da final da Libertadores, que deveria ter acontecido no estádio Monumental de Núñez, foi transferido para o Bernabéu depois que um grupo de torcedores do River lançou pedras e garrafas no ônibus que transportava a delegação do Boca, inclusive, ferindo jogadores.

Há dois dias, na Catalunha, manifestantes estão na rua por causa da decisão do Tribunal Supremo da Espanha de condenar nove líderes separatistas a penas de 9 a 13 anos de prisão. A sentença motivou uma onda de críticas políticas e deu origem aos atos, que por sua vez causaram bloqueios de ruas, estradas e ferrovias.

Grupos de separatistas também bloquearam na segunda-feira os acessos ao aeroporto de Barcelona, o que provocou o cancelamento de 155 voos até ontem, quando o terminal voltou a funcionar normalmente. Além disso, houve confrontos entre manifestantes e a polícia regional.

Com isso, a Comissão Antiviolência classificou o clássico pelo campeonato nacional como de "alto risco" e apontou que a situação se configura como um "caso de força maior", o que permite, segundo o regulamento, que a federação nacional faça alterações nas competições, inclusive, nas tabelas.