Em carta, técnico evita polêmica por saída da Espanha: "Homem de palavra"
Madri, 20 nov (EFE) — O técnico Robert Moreno, que deixou a seleção da Espanha oficialmente nesta terça-feira, enviou nesta quarta um comunicado à Agência Efe, depois de ter chegado a um acordo com a federação de futebol do país (RFEF) e revelou que desde sempre havia a possibilidade do retorno de Luis Enrique ao cargo.
"A minha consciência está tranquila. É impossível agradar a todos, mas digo a vocês sinceramente que respeito todos e todas as opiniões. Sempre defendi que sou um homem de palavra, que eu não seria um impedimento no caso de Luis Enrique decidir voltar. Foi o que eu fiz, mesmo que isso significasse a minha saída. Desejo-lhe o melhor porque as suas alegrias serão nossas", escreveu o treinador.
A trajetória de Moreno como técnico de 'La Roja' começou no fim de março, quando Luis Enrique precisou deixar a concentração antes do jogo contra Malta, pelas Eliminatórias para a Eurocopa do ano que vem devido a problemas de saúde da filha, que morreu em agosto.
Luis Enrique deixou a campeã mundial de 2010 em junho, Moreno foi efetivado e conduziu a Espanha à classificação para a Euro. Seu último jogo na função foi a goleada sobre a Romênia por 5 a 0, na última segunda-feira, no estádio Wanda Metropolitano, em Madri. Porém, para a disputa do torneio continental, o antecessor estará de volta.
"Diante de uma situação extrema como a que vivemos em Malta, tive de assumir a liderança da equipe de todos. O objetivo da classificação que me foi confiada foi confortavelmente alcançado. Quem me dera que esta situação nunca tivesse acontecido. Agora estaríamos igualmente classificados", opinou.
Embora o técnico tenha adotado um tom pacificador na correspondência à Efe, a saída gerou polêmica na Espanha e frustrou Moreno, que, no entanto, não deixou isso transparecer e preferiu não falar dos últimos dias.
"Avaliar as últimas horas no cargo, ou mesmo os últimos dias, serviria apenas para entrar numa espiral de reprovações e justificações para cada uma das partes. Não vou fazer isso, não vejo sentido algum nisso", justificou.
Por fim, se desculpou por não ter participado da entrevista coletiva no Wanda Metropolitano após a vitória sobre os romenos e depois de ter sido informado que não continuaria no cargo.
"Espero que eu seja avaliado pelo que fiz, e não pelo que sou. Foi o que tentei fazer na seleção nacional com os jogadores em cada convocação. Não quero deixar de pedir desculpas a quem tenha se sentido ofendido por eu não ter dado a última coletiva. As circunstâncias me impediram", explicou-se.
"A minha experiência como técnico da seleção principal começou e terminou da mesma forma, com um sabor agridoce. Cabe a mim olhar para frente e enfrentar novos desafios como treinador na minha paixão, o futebol. Estou preparado para enfrentar o desafio de liderar novos projetos", acrescentou.
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