River e seus torcedores partem rumo a Lima para final da Libertadores
Enquanto parte do Rio de Janeiro parou para saudar a delegação do Flamengo rumo ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, para a viagem até Lima, os arredores do estádio Monumental de Núñez estavam praticamente vazio nesta quarta-feira durante o último treino do River Plate em solo argentino antes da final da Taça Libertadores, no próximo sábado.
Entretanto, alguns 'hinchas' chegaram à casa do atual campeão continental de malas prontas para partirem rumo à capital peruana e não perderam a chance de zoar o maior rival, o Boca Juniors, derrotado pelos 'Millonarios' na final do ano passado e nas semifinais deste ano.
"A motivação é conquistar mais um título. Nosso passaporte está pronto, ao contrário de outro clube na Argentina, que falou em carimbar passaporte, mas não o vem usando muito nos últimos anos. Estamos saindo do país todos os anos", provocou Martin Castellano em entrevista à Agência Efe.
Nos últimos cinco anos, o River foi campeão da Copa Sul-Americana uma vez, em 2014, e da Libertadores em duas oportunidades, em 2015 e 2018. Além das taças em si, as conquistas renderam vagas no Mundial de Clubes, na Copa Suruga e na Recopa Sul-Americana.
"Tenho uma mala totalmente preparada, que nunca é desmontada, viaja constantemente para finais. Essa, eu não desarrumo nunca", declarou Diego Etchevel, que viajará para Lima com Martin e um outro amigo para ver a final no Estádio Monumental de Lima.
No ano passado, a decisão foi realizada em Madri devido a incidentes de violência antes do jogo de volta, que aconteceria no Monumental de Núñez. Em 2019, a viagem é mais curta, mas mais uma vez houve mudança de sede, de Santiago para Lima, devido ao caos social atravessado pelo Chile.
Raul Mosquera, outro torcedor do River, não se importa que a primeira final única da história da Libertadores tenha sido transferida para o Peru, porque, em sua visão, o futebol está abaixo das exigências sociais dos chilenos.
"Tínhamos nos planejado para ir a Santiago, mas infelizmente por causa dos eventos sociais que estão acontecendo não foi possível. A verdade é que isso nos complicou, mas a coisa mais importante é o que acontece com as pessoas em Santiago, à frente de um jogo de futebol", opinou.
Um 'hincha' que não vai viajar, mas que estava na casa do River nesta quarta antes da partida da delegação foi Jorge Pérez, que pensou em ir a Santiago, mas a mudança de local o fez pensar duas vezes.
"A situação econômica não me permite no momento", disse Pérez, afetado pela crise econômica que a Argentina atravessa desde meados de 2018, com alta inflação e desvalorização da moeda local.
Ainda assim, dezenas de milhares de pessoas devem viajar da Argentina para o Peru, embora a maioria o faça de ônibus, em um deslocamento que deve durar 72 horas. A bola rolará no sábado, às 17h (de Brasília).
De Monumental a Monumental, o River Plate viajará nesta quarta-feira de Ezeiza à capital peruana com um grupo de 30 jogadores disponíveis para o técnico Marcelo Gallardo.
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