Comandante da polícia na operação da Tragédia de Hillsborough é inocentado
O comandante da polícia David Duckenfield, responsável pela operação de segurança do jogo entre Nottingham Forest e Liverpool, em 15 de abril de 1989, na cidade de Sheffield, que terminou em tragédia, com a morte de 96 pessoas, foi considerado inocente pelo Tribunal de Preston, após um julgamento de seis semanas.
Duckenfield, de 75 anos, foi acusado de homicídio e negligência grave há dois anos, junto com outros cinco policiais, pelas mortes de 95 pessoas durante a partida no estádio Hillsborough, válida pelas semifinais da Copa da Inglaterra.
Devido a mudanças na lei britânica, o oficial não pôde ser acusado de homicídio culposo pela 96ª vítima, Tony Bland, porque morreu quatro anos após a tragédia.
O caso foi reaberto 21 anos após o veredito original de 1991, que declarou as mortes como acidentais. A pressão das famílias das vítimas levou à reabertura do julgamento, apoiada por uma comissão de inquérito independente que concluiu que a polícia britânica tinha sido diretamente responsável pelo que aconteceu.
Pai de um dos mortos, Barry Devonside disse à BBC que ficou "chocado e comovido" com a decisão do júri. "Lutamos durante 30 anos em vão", lamentou.
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