Libertadores: presidente argentino cita preocupação com viagens ao Brasil
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, pediu cautela ao analisar um possível retorno das competições de futebol devido à força da pandemia do novo coronavírus em território argentino e na América do Sul como um todo e se disse especialmente preocupado com possíveis jogos de equipes do país no Brasil.
"Temos que entender que estamos em uma pandemia e que se você cruzar uma fronteira e entrar no Brasil você tem que ver o número de surtos, o número de focos de infecção que existem. Temos que ver os números. Não quero falar mais para não incomodar ninguém", declarou Fernández em entrevista à emissora "Radio Con Vos" ao ser perguntado sobre os perigos de viajar para o território brasileiro durante a pandemia.
O presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA), Claudio Tapia, e o ministro da saúde argentino, Ginés González García, se reunirão nesta semana para discutir a data de retorno dos treinos, pelo menos para as equipes participantes da Taça Libertadores.
A Conmebol anunciou em 10 de julho que a Libertadores será retomada em 15 de setembro, e a Copa Sul-Americana, em 27 de outubro. No torneio principal, o Tigre integra o grupo B, o mesmo do Palmeiras; o River Plate aparece no grupo D, junto com o São Paulo, e o Defensa y Justicia mede forças com o Santos no grupo G.
Fernández lembrou uma conversa que teve com o técnico do River Plate, Marcelo Gallardo, que ele considera um "homem absolutamente honrado" e "com uma cabeça diferente no futebol". O chefe de governo revelou que o treinador ressaltou que muitas pessoas dentro da modalidade são jovens que vivem com a família.
"Eu me pergunto: para aquele menino que se sente assim, temos que exigir que ele vá jogar um jogo de futebol no epicentro da pandemia? Neste momento, a pandemia, que vem circulando pelo mundo, está agora na América do Sul", frisou.
"Estou respondendo mais como fã de futebol do que qualquer outra coisa, mas acho que temos que ser muito, muito cuidadosos. O que Gallardo me disse foi gravado: não é um problema dos clubes, que terão seus interesses porque o futebol é um negócio, mas temos que nos colocar na cabeça e no corpo daquele jogador que tem que voltar para casa e viver com seus pais", completou.
Em 17 de março, o Ministério do Turismo e Esportes anunciou a suspensão de todas as categorias de futebol argentino. Três dias depois, foi decretado um isolamento social preventivo e obrigatório, em vigor até hoje e que, a princípio, será encerrado em 2 de agosto.
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