Fifa celebra reforma trabalhista "histórica" no Qatar
A Fifa considerou "histórica" a reforma trabalhista no Qatar, país que sediará daqui dois anos a Copa do Mundo masculina, de acordo com comunicado divulgado hoje pela entidade esportiva.
A federação internacional de futebol exaltou, principalmente, o criticado sistema denominado "kafala", que impede que os imigrantes mudem de trabalho sem a permissão do empregador, antes do fim do vínculo contratual firmado.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, agradeceu as autoridades do Qatar e a OIT (Organização Internacional de Trabalho) pelo esforço coletivo pela "mudança positiva", relacionada ao mercado de trabalho local.
"Ainda assim, há espaço para um avanço ainda maior", destaca o dirigente que pediu uma agenda progressiva em prol dos trabalhadores no emirado.
A nova lei anunciada no domingo pelo Ministério do Trabalho do Catar também inclui um salário mensal mínimo de mil riales (R$ 1.475), que é algo inédito no país, segundo lembrou a própria Fifa.
Além disso, os trabalhadores ainda receberão 500 riales (R$ 737,60) para alojamento, e 300 riales (R$ 442,56) para alimentação, desde que estes valores não estejam previstos no contrato, aponta o Departamento de Trabalho local.
Nos últimos anos, diversas ONGs denunciaram as más condições de trabalho dos operários que atuam em obras ligadas à Copa do Mundo de 2022. A organização local do torneio admitiu que 34 pessoas morreram por diferentes causas, nos últimos seis anos.
Em junho, a Anistia Internacional apontou que diversos funcionários que tinham postos nas obras de um estádio, ficaram meses sem receber salário.
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