Presidente do Benfica é acusado de obter ajuda de juiz em troca de vantagens
O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, apoiado publicamente por vários políticos de Portugal, entre eles o primeiro-ministro António Costa, foi acusado hoje pelo Ministério Público de ter beneficiado de suposta ajuda irregular de um juiz em troca de ingressos e um cargo na fundação do clube.
Vieira é um dos 17 acusados pelo Ministério Público como parte da Operação Lex, que investiga supostas irregularidades de magistrados.
Entre eles, Rui Rangel, responsável por este processo, do qual é acusado de tráfico de influências, corrupção e lavagem de dinheiro, tendo "vendido" a sua influência judicial em troca de dinheiro ou favores.
De acordo com a acusação, o presidente do Benfica conseguiu convencer Rangel a interceder em seu nome de forma irregular, num processo no Tribunal de Contas de Sintra.
Ingressos para jogos, viagens e até um cargo na Fundação Benfica teriam sido alguns das supostas contrapartidas oferecidas por Vieira em troca da sua colaboração, aponta o Ministério Público, que acusa formalmente o presidente do clube de "receber vantagem indevida".
Também são acusados José Veiga, um antigo empresário do futebol, descrito como o "homem-forte do Benfica", e João Rodrigues, ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol.
A denúncia da Operação Lex, que veio a público em janeiro de 2018, foi divulgada no dia seguinte de Luís Vieira ter retirado o premiê português da lista de apoiantes públicos à sua candidatura à reeleição do Benfica.
O apoio de António Costa levantou uma forte polémica em Portugal, justamente pelos processos abertos que investigam o dirigente esportivo.
Diante das críticas, Vieira retirou o nome de Costa e de outros funcionários públicos que o apoiavam, como o prefeito de Lisboa, Fernando Medina, que já o havia apoiado em eleições anteriores sem gerar polêmica.
Presidente do Benfica desde 2003, Luís Filipe Vieira e buscará a reeleição no pleito marcado para outubro.
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