Ginastas alemãs denunciam maus tratos cometidos por técnica da seleção
Um grupo de seis ginastas alemãs, entre elas Pauline Schäfer, campeã mundial na trave de equilíbrio, em 2017, acusou a técnica da seleção, Gabriele Frehse, de submetê-las a maus tratos durante anos, no centro de alto rendimento de Chemnitz, segundo publicou hoje a revista "Der Spiegel".
De acordo com a atleta de 23 anos, a treinadora a sujeitou a situações de degradação que classificou como insuportáveis para qualquer ser humano.
"A situação piorou especialmente quando comecei a ter minha própria opinião e queria ser mais do que apenas um pequeno robô fazendo ginástica", disse Schäfer.
Outras ginastas acusam Frehse de tê-las empurrado e de fazer pressão para que tivessem hábitos alimentares "insalubres". Além disso, a técnica as forçou a tomarem analgésicos fortes, sem o consentimento dos respectivos pais.
A técnica não quis se manifestar, ao ser procurada pela "Der Spiegel", mas, através de um advogado, indicou que as denúncias não têm fundamento.
A Federação Alemã de Ginástica respondeu a publicação, indicando que o comportamento de um profissional no centro de desempenho de Chemnitz havia sido denunciado e é alvo de medidas disciplinares, sem dar detalhes sobre o caso, no entanto.
Denúncias similares de maus tratos contra atletas já foram feitas em diversos países. A federação internacional da modalidade, inclusive, realizou um seminário no mês passado, para incentivar uma "cultura de respeito".
Presidente da entidade, o japonês Morinori Watanabe admitiu que é preciso encontrar uma "nova forma de treinar" na ginástica.
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