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Justiça argentina ordena busca no consultório da psiquiatra de Maradona

Diego Maradona morreu em 25 de novembro - Marcos Brindicci/Getty Images
Diego Maradona morreu em 25 de novembro Imagem: Marcos Brindicci/Getty Images

01/12/2020 18h16

A justiça da Argentina ordenou nesta terça-feira a realização de operação de busca na casa e no consultório de Agustina Cosachov, a psiquiatra que atendeu o ex-jogador Diego Maradona, que morreu na semana passada. A informação foi confirmada à Agência Efe por fontes ligadas à investigação que apura as causas da morte do lendário camisa 10 da seleção argentina.

As buscas foram realizadas em dois diferentes pontos da cidade de Buenos Aires e foram autorizadas por um juiz de garantias do caso, no intuito de identificar o possível envolvimento de atos da psiquiatra que poderiam ter levado Maradona à morte.

Fontes do Ministério Público da localidade de San Isidro, na província de Buenos Aires, que está acompanhando o caso, informaram que novas informações serão divulgadas posteriormente.

Em entrevista à emissora argentina "Todo Notícias", o advogado de Agustina Cosachov, Vadim Mischanchuk, afirmou que a operação é medida "de rotina" em todas as investigações sobre práticas médicas profissionais. O representante da psiquiatra indicou que foram recolhidos itens como aparelhos celulares, computadores e outras informações que ajudem a reconstituir o histórico de Maradona."Há tranquilidade da minha cliente sobre as decisões médicas que tomou", garantiu o advogado.

As buscas na casa e consultório de Cosachov aconteceram dois dias depois que foram ordenados procedimentos semelhantes na residência e local de trabalho do neurocirurgião Leopoldo Luque, que operou Maradona de um hematoma no cérebro, no início deste mês.

O médico esteve ontem na sede do Ministério Público, para se informar sobre a situação, mas não chegou a prestar depoimento, por não estar na condição de acusado formalmente.

Maradona morreu na última quarta-feira, após uma parada cardiorrespiratória. Ele havia recebido alta médica da cirurgia no cérebro dias antes. Representantes da família de 'El Diez' indicaram que a investigação busca identificar que tipo de atendimento médico foi prestado desde a operação até a morte, mais especificamente, desde que deixou o hospital, em 11 de novembro.

Os advogados da família também querem uma investigação sobre o que aconteceu no último dia 19, quando, de acordo com testemunhas, Leopoldo Luque visitou Maradona, e os dois discutiram. Desde então, o neurocirurgião não compareceu mais ao local.