Ex-ministro do Quênia é condenado por desvio de dinheiro nos Jogos de 2016
O ex-ministro dos Esportes queniano Hassan Wario foi condenado nesta quinta-feira a seis anos de prisão - evitáveis com o pagamento de uma multa de 3,6 milhões de xelins (cerca de R$ 170 mil) - por apropriação indébita nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
Wario era um dos seis funcionários acusados de abuso de poder e apropriação indébita de 55 milhões de xelins (R$ 2,6 milhões) de dinheiro público nos Jogos do Rio de Janeiro, usados no pagamento de despesas a pessoas não autorizadas.
O ex-ministro, afastado como embaixador do Quênia na Áustria em 2019, foi condenado no Tribunal Superior de Nairobi pela juíza Elizabeth Juma.
"Houve mau uso de dinheiro durante os Jogos Olímpicos do Rio. Este não é o espírito da Carta Olímpica. O orçamento dos Jogos deve ser adaptado às necessidades", explicou a juíza, segundo a imprensa local.
A magistrada também condenou nesta quinta-feira o líder da equipe olímpica do Quênia no Rio, Stephen Arap Soi, a 12 anos de prisão, evitáveis com o pagamento de uma multa de 105 milhões de xelins (pouco mais de R$ 5 milhões).
Outros quatro acusados foram exonerados em um processo no qual o ex-atleta e ex-presidente do Comitê Olímpico Nacional do Quênia, Kipchoge Keino, atuou como testemunha fundamental da acusação.
O ex-atleta também acabou sendo acusado de abuso de poder e violação de leis relacionadas com a administração de recursos públicos, mas essas acusações foram retiradas em 2018, depois de ter sido provado que ele não estava envolvido no escândalo.
Kipchoge Keino se tornou uma lenda do atletismo depois de ter ganhado o ouro na prova de 1.500m nos Jogos Olímpicos de 1968, na Cidade do México, e quatro anos depois em Munique, na prova de 3.000m.
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