Jogadora do PSG agredida pede respeito à privacidade e se cala sobre Abidal
A meia Kheira Hamraoui, jogadora do Paris Saint-Germain que foi agredida por homens encapuzados na quinta-feira passada, pediu respeito à vida privada durante as investigações e evitou falar do ex-jogador Eric Abidal, cujo nome foi citado pela imprensa como possível envolvido no incidente.
O pedido foi feito em comunicado divulgado nesta terça-feira pelo advogado da jogadora do PSG, Saïd Harir, que não faz nenhuma referência ao ex-lateral francês.
Hamraoui "pede urgentemente que sua vida privada seja respeitada, assim como o direito a manter silêncio neste momento difícil", diz o texto.
A jogadora pretende esperar "com serenidade" o desenvolvimento das investigações para conhecer os culpados "o quanto antes" e afirma que "tem a firme intenção" de voltar a representar "as cores" do PSG "com orgulho".
"Foram golpes de uma violência inusitada, principalmente nos membros inferiores, deixando implícito o desejo de arruinar a sua carreira profissional", segundo o comunicado.
A atleta, de 31 anos, foi golpeada nas pernas com uma barra de ferro por dois homens encapuzados na noite de 4 de novembro, enquanto dirigia com a sua companheira de PSG Aminata Diallo, que ficou detida durante 36 horas, mas depois foi liberada sem acusações por falta de provas.
Inicialmente, os investigadores suspeitaram que Diallo tinha orquestrado o ataque contra Hamraoui com a intenção de ferir a companheira para ter mais tempo de jogo. No entanto, na segunda-feira foram encontradas novas pistas, de acordo com a imprensa francesa.
A vingança por um possível caso extraconjugal agora é a principal hipótese para o ataque. O chip do celular de Hamraoui estava no nome de Abidal, confirmando, para os investigadores, uma relação íntima entre os dois, que coincidiram no Barcelona entre 2018 e 2020, ele como diretor desportivo do clube e ela como jogadora.
Da mesma forma, Hamraoui e Diallo, que testemunhou o espancamento, ouviram um dos agressores dizer: "Assim dormimos com homens casado, não?" O agressor também teria ligado para Abidal pouco depois do incidente.
Segundo o jornal "Le Monde", que cita fontes do Ministério Público de Versalhes, Abidal será interrogado "em breve" e é possível que sua atual esposa também seja convocada.
Em entrevista ao "Le Parisien", o advogado de Abidal, Olivier Martin, disse que o seu cliente ainda não foi convocado e que, se for, "aparecerá espontaneamente e responderá a todas as questões".
"Ele não está direta nem indiretamente ligado à agressão", declarou o advogado.
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