Juiz australiano ordena que Djokovic não seja deportado de forma imediata
Um juiz da Austrália ordenou durante uma audiência de emergência realizada nesta sexta-feira (14) que o tenista sérvio Novak Djokovic não seja "imediatamente" deportado até que a Justiça do país revise a decisão do governo de cancelar seu visto pela segunda vez.
O Tribunal do Circuito Federal de Melbourne realizou uma audiência de emergência após o ministro da Imigração, Alex Hawke, cancelar o visto do tenista —que entrou no país sem estar vacinado contra a covid-19— por motivos sanitários e de ordem pública.
O juiz Anthony Kelly também decidiu que Djokovic permanecerá em liberdade até as 8h de sábado (horário local, 20h desta sexta-feira em Brasília), quando terá que se encontrar com funcionários da imigração na cidade de Melbourne, onde ficará retido.
Ainda segundo a decisão do magistrado, Djokovic será levado no domingo por dois funcionários da alfândega do local onde ficará retido para uma reunião com seus advogados.
O caso, que foi transferido para o Tribunal Federal, uma instância superior, deve ser analisado e concluído no domingo, um dia antes do início do Aberto da Austrália, que acontecerá de 17 a 30 de janeiro também em Melbourne.
"O senhor Djokovic pode ter que jogar na segunda ou terça-feira. Nessas circunstâncias, estamos muito preocupados com o momento", disse Nicholas Wood, advogado de Djokovic, durante a audiência de hoje.
Wood também disse que Hawke decidiu cancelar o visto do tenista por acreditar que a presença dele poderia gerar um "sentimento antivacinação" na Austrália, cujo governo tem uma das políticas mais duras do mundo contra a covid-19 e está enfrentando um pico em casos da doença devido ao surgimento da variante ômicron.
Djokovic viajou para Melbourne em 5 de janeiro em uma isenção médica que lhe permitia disputar o Aberto da Austrália sem estar vacinado, mas as autoridades de imigração cancelaram o visto dele e o retiveram.
Na última segunda-feira, o juiz Anthony Kelly decidiu em favor do tenista após essa primeira anulação de sua permissão de entrada no país.
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