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Tandara volta a criticar presença de transexuais no vôlei: 'Não concordo'

Tandara, durante partida da seleção feminina de vôlei nas Olimpíadas de Tóquio - REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Tandara, durante partida da seleção feminina de vôlei nas Olimpíadas de Tóquio Imagem: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

Esporte News Mundo (redacao@esportenewsmundo.com.br)

14/10/2021 23h21

Oposta do Osasco e da seleção brasileira, Tandara Caixeta participou na noite desta quinta-feira (14) do "Oz Pod", podcast da cidade de onde joga, em São Paulo, e se posicionou contra a presença de atletas transexuais no vôlei feminino.

Em 2018, a campeã olímpica emitiu comentários contra a presença de Tifanny, primeira mulher trans a disputar a Superliga e que agora faz parte do elenco osasquense, no vôlei. Após três anos, Tandara afirmou ter o mesmo pensamento sobre o tema, mas disse "respeitar a opinião da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei)".

"Primeiramente, eu vou deixar bem claro que eu respeito a Tifanny, nós nos comunicamos, nós nos falamos sempre, eu tenho um respeito muito grande por ela, sabe? Eu sei das lutas dela como ser humano, enfim. Eu acredito muito que cada um tem que ocupar o seu espaço, mesmo, e tem que brigar por isso. Em 2018, eu dei uma entrevista, inclusive eu estava aqui em Osasco, quando eu disse que não concordava. E realmente essa minha opinião não muda, porque eu acredito de verdade que não seja justo", disse Tandara.

"Eu respeito, né? Então, assim, eu não concordo, porém, eu faço parte de um grupo em que tem a CBV como representante do voleibol e se eles, que são os órgãos importantes, autorizaram, eu tenho que respeitar essa opinião. Mesmo que eu não aceite, mesmo que eu não concorde, eu tenho que respeitar. E por isso eu respeito ela como ser humano e hoje, dando tudo certo, eu não vejo a hora da gente jogar junto. E é uma experiência que eu vou ter com ela, eu não tive isso antes", acrescentou a oposta.

Tandara ainda afirmou que é contra a criação de um projeto de lei que proíba Tifanny de jogar. Porém, não concorda com a presença de outras atletas trans no vôlei feminino.

"Se autorizaram, já era, é o direito adquirido. Só que eu não concordo com outras trans entrarem no esporte, hoje, porque você vai tirar o espaço de uma outra jovem, que está crescendo e buscando isso."

"Eu concordo que ela (Tifanny) tenha que jogar até quando ela quiser, porque é um direito adquirido, mas eu acredito que não tenham outras autorizações, porque hoje a gente tem tanta menina que corre atrás, e eu acredito que isso prejudica o espaço, entre uma trans e um jovem talento", declarou.

Tandara segue afastada de Osasco após suposta violação de regra antidoping na reta final das Olimpíadas de Tóquio.