GP da Arábia Saudita contará com 1º pilota mulher do país como embaixadora
Em meio às inúmeras polêmicas ligadas aos Direitos Humanos que envolvem o Grande Prêmio da Arábia Saudita da Fórmula 1, no próximo dia 5 de dezembro, os organizadores da prova confirmaram que a etapa terá como embaixadora a piloto Reema Juffali. O gesto é um grande marco para ela e para as mulheres do país, já que em 2018 a lei que proibia as mulheres de dirigirem foi revogada.
"É uma honra incrível para mim. Crescendo em Jeddah, andei pelas mesmas ruas que formarão o circuito em que os melhores pilotos do mundo correrão. É difícil até expressar como esta ocasião é importante para a cidade. Estou ansiosa para participar do fim de semana da corrida, e espero que a minha história possa servir de inspiração para quem está pensando em seguir o seu sonho", celebrou Reema Juffali.
Reema passou pela Fórmula 4 e neste anos disputou a Fórmula 3 britânica, terminando o campeonato na 18º colocação e com um quarto lugar como seu melhor resultado no ano. Em novembro, a piloto saudita participou dos testes para novatos da temporada de 2022 da DTM, campeonato alemão de carros de turismo.
Juffali foi a primeira mulher saudita a obter uma licença para conseguir competir após a Arábia Saudita revogar, em 2018, a lei que proibia mulheres de dirigirem, decisão tomada pelo príncipe herdeiro Mohammad bin Salman.
A Arábia Saudita foi o último país a revogar essa proibição, mesmo com protestos e movimentos sendo registrados desde a década de 90. Outras proibições impostas as mulheres foram revogadas, como a permissão para que as mulheres frequentem estádios de futebol.
Corridas polêmicas
Assim como o Catar, o GP da Arábia Saudita está cercado de inúmeras polêmicas pelas acusações do país de violação aos direitos humanos e de usarem o esporte para tentar limpar a imagem, atitude conhecida como sportswashing.
Também conhecido por criminalizar a homossexualidade e impor medidas restritivas às mulheres, proibindo elas de interagir com homens, casar ou se divorciar, começar certos tipos de de empreendimentos, deixar a prisão ou abrigos sem a liberação de um homem, o governo saudita é acusado de prender e matar opositores, por exemplo em 2018 o jornalista Jamal Khashoggi foi morto na embaixada da Arábia Saudita na Turquia.
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