A invasão da Rússia à Ucrânia, que resultou em um conflito bélico entre os países, tem resultado em diversas sanções à Rússia. Além da exclusão do Spartak Moscou na Liga Europa, a Uefa comunicou, ontem, que rompeu as suas relações com a Gazprom, maior empresa de gás natural do país e que era, até este momento, a grande patrocinadora da Liga dos Campeões. A movimentação terá impacto financeiro para a Uefa e os valores foram revelados pela "KPMG".
Gazprom e a Uefa tinham acordo até 2024 e, com o rompimento do vínculo entre as partes, a entidade máxima do futebol europeu vai perder mais de 100 milhões de euros (cerca de R$ 578 milhões na cotação atual). O contrato assinado previa que a Gazprom pagasse 50 milhões de euros (R$ 289 milhões) por temporada até o final do acordo.
O valor do ano de 2021 já havia sido quitado e, com relação a 2022, a "KPMG" informou que os valores ainda não estavam completamente definidos. Além disso, a Uefa já apresentou a logomarca da Gazprom em diversos jogos do futebol europeu durante o ano, até a quebra do contrato, que foi confirmada na última segunda-feira.
O final do vínculo entre as partes, após decisão da Uefa, já tem efeito prático imediato. A empresa de gás natural da Rússia não terá mais o seu nome exibido em competições europeias, incluindo principalmente a Liga dos Campeões. A Uefa informou ainda que a Eurocopa de 2024, justamente quando o vínculo da Gazprom se encerraria, também não contará com o apoio da empresa russa.
Com a saída da Gazprom, a Uefa poderá procurar uma outra para ser a sua principal parceira nas competições europeias. As movimentações nas próximas semanas serão decisivas neste sentido. Além da Uefa, o Schalke 04, clube alemão, também já havia rompido as relações com a Gazprom, com quem tinha contrato desde 2007. O Schalke ainda receberia cerca de 30 milhões de euros (R$ 173 milhões) da empresa.
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