Luiz Mello, CEO do Vasco, expressa insatisfação com o adiamento do julgamento da partida contra o Sport
O adiamento do julgamento dos atos de violências ocorridos em Sport x Vasco não agradou os dirigentes do Cruzmaltino. Após o clube divulgar uma nota esclarecendo sua insatisfação com a decisão judicial, agora, o CEO do Vasco, Luiz Mello, declarou seu descontentamento e como é complicado de passar esse tipo de acontecimento para os investidores da 777 Patners. Antes marcado para a última quinta-feira (3), agora o caso foi adiado para após o término da Série B, mas sem uma data definida.
A decisão por adiar este caso, segundo o procurador-geral, Ronaldo Piacente, foi necessária porque o clube nordestino pediu a reconsideração do arquivamento da denúncia que havia feito contra o clube carioca e outros envolvidos, no dia 31 de outubro (segunda-feira). Assim, com a impossibilidade de separar os processos, o Tribunal optou por adiar a decisão.
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Ronaldo, inclusive, veio a público explicar com suas próprias palavras o adiamento. Além disso, falou sobre a possível influência que os resultados da última rodada podem ter neste caso. Lembrando que o Vasco ainda luta pelo acesso e, caso ganhe os pontos no tribunal, já garantiria a vaga na Série A sem precisar lutar por pontos na 38ª rodada. Confira as aspas do procurador abaixo:
“Eu não podia fazer dois julgamentos sobre os mesmos fatos. O Sport pediu a reconsideração da denúncia ao procurador-geral, que sou eu. Eu analisei e vi fundamento em pouquíssimo tempo e não tive outra escolha, tive de adiar todo o julgamento para que tudo fosse julgado junto“
“Eu acho salutar para o campeonato que o tribunal decida depois. Não temos de interferir em resultado de campo. Acaba o campeonato e a gente decide. Julgar isso agora é muito pior. E eu não posso desmembrar os fatos. O Sport só recorreu no último dia 31“
Luiz Mello, CEO do Vasco, também concedeu entrevista e falou sobre como a decisão do STJD foi vista pela 777 Partners. Em sua fala, ficou evidente o tratamento de casos como esse é diferente aqui no Brasil e no exterior.
“Na situação do STJD, expliquei que houve uma denúncia do procurador-geral e que por esta razão a relatora do processo acabou suspendendo o julgamento de hoje. Eles (777) têm outros clubes no grupo e as coisas são mais diretas. Por exemplo. eles tiveram na semana do dia 23 (de outubro) uma invasão de campo no jogo do Liège. O jogo foi suspenso suspenso e a federação belga está entrando com uma ação para que seja mudado o resultado de 3 a 1 para 3 a 0 porque tá configurado que houve uma suspensão da partida em virtude dos acontecimentos. É complicado explicar (essa diferença) para os investidores . Explicar que o futebol brasileiro por mais que tivesse essa data já fixada o STJD suspendeu o julgamento na véspera e ainda num feriado.”
Embora tenha expressado seu descontentamento com o adiamento, Luiz se mantém esperançoso de que a decisão tomada pelo Tribunal será favorável ao Vasco.
“A gente espera que seja analisado todo o contexto, a súmula do (Raphael) Claus… eu não quero entrar muito no processo, mas você teve uma súmula pública do Claus, você teve as imagens, você tem vários elementos que podem auxiliar a relatora nessa sua tomada de decisão. A gente espera, realmente, que estes elementos sejam tomados em consideração e que o tribunal, o STJD, e a comissão tomem a melhor decisão possível dentro do que a gente passou. A gente entende que as imagens são bem fortes, você teve ali algumas agressões que passaram, desde prestadores de serviços do estádio até funcionários.”
*todas as aspas contidas nesta matéria foram tiradas das entrevistas exclusivas de Luiz Mello e Ronaldo Piacente concedidas ao Globo Esporte.
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