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Libaneses foram contratados para torcer pelo Qatar na Copa, diz site

Esporte News Mundo (redacao@esportenewsmundo.com.br)

20/11/2022 22h42

O Qatar contratou, segundo o site árabe "Trends", jovens de países árabes, como o Líbano, para torcerem pelo país que sedia a Copa do Mundo.

De acordo com o veículo, os torcedores recebem US$ 800 (R$ 4,3 mil) para exercer o papel de nativos nas partidas.

Os interessados que "passaram no teste" precisaram atender a dois requisitos: possuir passaporte em condições válidas e ter tomado ao menos três doses de vacina da covid-19.

A reportagem do "Trends" afirmou ainda que alguns destes jovens, de grande maioria libanesa, foram abordados por entidades esportivas do Qatar para aplaudirem a seleção local e segurarem a bandeira do país-sede durante os jogos da Copa. A ideia foi divulgada como uma oportunidade de ganhar dinheiro de maneira rápida.

Um dos jovens que teria recebido a oferta, segundo a publicação do site árabe, falou sob a condição de anonimato que ele e seus amigos estariam "super ansiosos" para curtir os jogos da torneio — e ainda por cima recebendo por isso.

No "pacote", os voos de ida e volta seriam pagos pelos organizadores, tal como a hospedagem, a alimentação e o transporte local — além do pagamento de R$ 4,3 mil.

Passagens compradas

Torcedores com camisas do Qatar gritam durante estreia da Copa do Mundo -  Marvin Ibo Guengoer - GES Sportfoto/Getty Images -  Marvin Ibo Guengoer - GES Sportfoto/Getty Images
Torcedores com camisas do Qatar gritam durante estreia da Copa do Mundo
Imagem: Marvin Ibo Guengoer - GES Sportfoto/Getty Images

A equipe de reportagem do site árabe alegou ter obtido cópias das cartas de convite e também dos bilhetes de passagem do grupo reservados em uma empresa aérea do Qatar.

O documento mostra voos partindo do Líbano no dia 16 de outubro e com retorno para Beirute marcado para 1º de dezembro — neste caso, a contratação seria válida apenas para a fase de grupos, pois as oitavas de final da Copa começam dia no dia 3 de dezembro.

Por fim, a "Trends" revelou em sua reportagem ter entrado em contato com a "Aspire Academy", no Qatar, para tentar entender melhor o raciocínio por trás dessa contratação de líderes de torcida pagas de países árabes atingidos pela crise, mas que não obteve resposta.