Copa do Mundo: Técnico da seleção iraniana critica protesto de torcedores
O técnico da seleção iraniana, Carlos Queiroz, fez duras críticas aos torcedores que protestaram nas arquibancadas durante o jogo contra a Inglaterra, pela Copa do Mundo. Na opinião do treinador, os problemas políticos podem ter afetado seus jogadores durante a partida. A Inglaterra venceu o Irã por 6 a 2, em jogo válido pelo Grupo B da Copa do Mundo.
Durante a execução do hino do Irã, os torcedores presentes vaiaram, enquanto os atletas se recusaram a cantar. Iranianos levantaram placas com as cores da bandeira do país e as palavras "mulheres", "vida" e "liberdade".
"Todos os iranianos são bem-vindos ao estádio. Eles têm o direito de criticar o time. Mas aqueles que causam perturbações por problemas fora do futebol não são bem-vindos. Em 2014 e 2018, tivemos total apoio dos torcedores. Agora, veja o que aconteceu hoje. Os fãs que não estão tão dispostos a torcer, deveriam ficar em casa", disse Queiroz após o jogo.
"Não importa o que eles façam ou falem, todo mundo joga pelo povo, representam todo o povo, sem religião, sem cor. Então deixem eles jogar. Não significa que eles não têm opinião. Eles têm. No momento certo eles vão expor", completou o treinador.
Protestos refletem momento do Irã
As manifestações são mais um capítulo de uma série de protestos que têm mobilizado a vida do Irã. Elas tiveram início depois do dia 16 de setembro, quando a jovem Mahsa Amini, de 22 anos, morreu durante uma abordagem policial por 'uso inadequado' do véu islâmico.
A partir de então, iranianos têm ido às ruas em diversas partes do país para protestar — em especial em região de maioria curda, o grupo étnico que Mahsa Amini.
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