Capitão da Dinamarca reclama de proibição da FIFA sobre braçadeira com arco-íris: 'Acho ridículo que não possamos fazer isso'
Após o empate em 0 a 0 entre Dinamarca e Tunísia, nesta terça-feira (22), pelo Grupo D da Copa do Mundo, o zagueiro Simon Kjær falou sobre uma das maiores polêmicas desta edição. Capitão da seleção dinamarquesa, o jogador criticou a proibição imposta pela FIFA para que os atletas não usem a braçadeira especial com as cores do arco-íris, em apoio à comunidade LGBTQIA+ e em protesto contras as leis do Catar.
- Acho ridículo que não possamos fazer isso. Não consigo entender como você pode chegar a um ponto em que corre o risco de receber um cartão amarelo por ultrapassar a linha. Então começa a ir além do esportivo. E sempre dissemos que não vamos fazer concessões no lado esportivo - disse o zagueiro.
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A FIFA ameaçou punir os jogadores que entrassem em campo com a braçadeira “One Love”. Caso algum atleta infringisse esta norma, poderia receber cartão amarelo. Simon Kjær não quis correr riscos e jogou contra a Tunísia com a braçadeira aprovada pela entidade máxima do futebol.
- Eu posso entender se algumas pessoas dizem: leve o cartão amarelo. Mas e se depois de cinco minutos surgir uma situação em que eu recebo um cartão amarelo aleatório e, portanto, um cartão vermelho e coloco todo o time e a Dinamarca nessa situação? Você não pode jogar assim. Acha que devo entrar em campo com um cartão amarelo e correr o risco de receber um cartão vermelho aos cinco minutos de uma Copa do Mundo e, assim, deixar o futebol de lado? - afirmou o capitão dinamarquês.
Questionado sobre uma suposta falta de coragem dos jogadores que não quisessem desafiar a FIFA, Simon Kjær declarou que as críticas deveriam ser direcionadas à entidade máxima do futebol e não aos atletas.
- É na FIFA que você tem que atirar. Como você pode ameaçar uma consequência esportiva para uma braçadeira com a qual jogamos antes? É aí que está o problema. Não se trata de arriscar receber ou não um cartão amarelo. É ridículo termos que ficar de pé e falar sobre isso. Não há dúvidas sobre nossa posição como equipe e minha posição. Mas não vou abrir mão dos esportes. Isto é o que eu faço. Eu jogo futebol. É nisso que estou me concentrando - declarou o camisa 4 da Dinamarca.
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A Dinamarca volta a campo no sábado (26), contra a França, às 13h (horário de Brasília), pela segunda rodada do Grupo D. Os dinamarqueses dividem a segunda posição da chave com a Tunísia.
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