Alemanha busca empate com Espanha e mantém grupo E aberto
No principal jogo da fase de grupos da Copa do Mundo do Qatar, Espanha e Alemanha ficaram no empate em 1 a 1, no Al Bayt Stadium. Com o resultado de Japão 0 x 1 Costa Rica, os alemães poderão decidir sobre sua permanência no Mundial na última rodada e ainda não desapegaram da esperança de se recuperarem no Grupo E.
Não houve vida fácil para os alemães desde o inicio do jogo, os espanhóis não queriam conversa e adiantaram suas linhas forçando o erro da defesa germânica. Aos 6′ o lance mais próximo do gol na primeira etapa, foi quando após uma troca de passes na entrada da área alemã, Dani Olmo chutou com categoria e encontrou a trave.
A Alemanha não se encontrava na partida, até os 20′ o domínio das ações era da Espanha e o jogo de volume e toque de bola da ‘Fúria’ funcionava contra uma marcação adiantada mas frouxa dos alemães. Gundogan, que deveria ser um desafogo ofensivo, passou a atuar como um volante de contenção.
Os alemães só encontraram o caminho do gol aos 30′ quando Mursiala se dedicou as jogadas individuais, e após deslocar Carvajal da lateral-esquerda lançou para Rüdiger, que na entrada da área espanhola isolou a finalização. A Espanha passou a acreditar nos contra-ataques e abaixou suas linhas na metade da primeira etapa.
Aos 32′ um lance curioso tomou conta do estádio, Dani Olmo puxou um contra-ataque incrivel nas costas de Kimmich e lançou para Fernan Torres isolar a bola na cara do gol, com um Neuer totalmente vencido e desequilibrado no gol. Mesmo a jogada não valendo nada devido ao impedimento, o atacante espanhol isolou um gol feito.
Aos 35′ Mursiala apareceu para Alemanha, e na mesma dedicação que demonstrou no setor ofensivo, surgiu no momento certo para salvar os alemães no chute de Fernan Torres. Os germânicos ainda dariam um último susto nos espanhóis aos 44′ com Rüdiger chutando forte após um apagão da defesa espanhola, onde Unai Simón apareceu e evitou o gol germânico.
Centroavantes resolveram o jogo
Ao retornarem para a segunda etapa, alemães e espanhóis jogaram em voltagens diferentes, onde a Alemanha passou a jogar com o coração na chuteira e sem considerar os contra-ataques fulminantes da Espanha. As jogadas espanholas se concentraram nos arranques de Olmo e Torres.
Aos 53′ Luis Enrique fez uma troca na equipe espanhola, Torres deixou o campo para Morata entrar. Os alemães encontraram o caminho para o gol espanhol, mas pararam em Unai Simón aos 56′ com uma jogada trabalhada na área da ‘Fúria’, onde Goretzka recebeu uma bola açucarada de Gundogan.
Não demorou muito para Morata resolver a situação, aos 61′ Jordi Alba recebeu de Olmo e cruzou na área para o atacante reserva se antecipar a Suele e abrir o placar no Al Bayt Stadium. O desespero bateu na fria Alemanha que saiu em desordem para o ataque e viu aos 64′ um contra-ataque quase liquidar a partida.
Olmo puxou corrida na lateral alemã e lançou buscando Morata, em uma cena parecida com o gol espanhol, mas o atacante não dominou deixando para Asensio isolar o gol definidor do placar. Luis Enrique acreditou que mudaria a forma espanhola de jogar com as entradas de Koke e Williams nos lugares de Asensio e Gavi.
Hansi Flick modificou alguns de seus principais jogadores que não corresponderam na partida contra a Espanha, e trocou Gundogan, Müller e Kehrer para as entradas de Sané, Füllkrug e Klostermann. Aos 71′, Mursiala conseguiu infiltrar com precisão no lançamento de Goretzka e chutou forte para a consagração de Unai Simón.
Aos 81′, Jordi Alba saiu reverenciado do estádio para dar lugar ao jovem Balde, mas a homenagem não terminaria bem. Em uma disputa de bola, Fullkrug apareceu nas costas de Mursiala e aproveitou a deixada do atacante alemão para fuzilar a rede de Unai, e empatar a partida.
Hansi Flick não parou com as mudanças e acreditou que as entradas de Hofmann e Schlotterbeck nos lugares de Gnabry e Raum poderiam segurar o ímpeto espanhol que continuou o mesmo desde o gol de Morata. Os alemães não abriram mão da disciplina mas mantiveram a fé na classificação.
+ LANCE A LANCE – Espanha 1 x 1 Alemanha
Uma Espanha em autoconhecimento
Há quem acredite que a Espanha precisa evoluir em seu futebol, ou que ainda não está jogando em sua plenitude. Desde o inicio da Copa do Mundo, o futebol espanhol impressiona pela juventude e maturidade de seus jogadores, os nomes desconhecidos de grande parte do mundo da bola passeiam com enorme classe nos gramados.
Não foi difícil colocar a Alemanha ‘na roda’, o toque de bola rápido e as infiltrações de Olmo e Torres confundiram a linha de 5 germânica. Os alemães conseguiram algum escape com Rudiger, mas sempre marcado. A marcação espanhola sufocou Gnabry, que nada fez em campo mas permitiu que Mursiala aparecesse com talento e confiança.
A Espanha sai enorme do confronto direto contra a Alemanha. Não eliminou uma rival direta, é verdade, mas o jogo, pelo contorno que levou mostrou que hoje é a seleção europeia a ser batida. Não suou para provocar dificuldades aos alemães mas foi surpreendida com a insistência dos rivais na busca pelo empate, e pelo respiro no Qatar. A Espanha é um adversário cruel, que precisa entender sua crueldade para se tornar implacável.
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