Mattia Binotto deixa a Ferrari após quatro anos como chefe da equipe
Nesta terça-feira (29), a Ferrari anunciou que Mattia Binotto, chefe da equipe, está deixando a escuderia italiana. Após um ano muito conturbado e uma possibilidade de título perdida por conta de erros de estratégia, a Ferrari confirmou que Mattia está de saída.
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No último mês a saída de Binotto já era dada como certa por vários jornais italianos. O primeiro que deu o furo desse possível adeus foi o La Gazzetta dello Sport, que também havia indicado Frederci Vasseur como possível susbtituto.
O segundo jornal a confirmar a saída de Binotto foi Corriere della Sera, na última sexta-feira (25), eles confirmaram que o desfecho estava próximo, só faltava negociar os termos da rescisão de contrato do agora ex-chefe da Ferrari.
Segundo a publicação da escuderia, a decisão de sair teria partido do próprio Binotto, diante da falta de confiança do presidente da Ferrari, John Elkann, em seu trabalho na última temporada. Ainda de acordo com o Corriere, Binotto teria dito para amigos próximos durante o fim de semana em Abu Dhabi que estava cansado demais para seguir trabalhando em meio a tantas críticas dentro da base em Maranello.
"Com o pesar que isso acarreta, decidi encerrar minha colaboração com a Ferrari. Saio de uma empresa que adoro, da qual faço parte há 28 anos, com a serenidade que advém da convicção de que tenho feito todos os esforços para atingir os objetivos traçados. Deixo uma equipa unida e em crescimento. Uma equipa forte, pronta, estou certo, para alcançar os objetivos mais elevados, aos quais desejo as maiores felicidades para o futuro. Acho que é certo dar este passo neste momento tão difícil quanto esta decisão foi para mim. Gostaria de agradecer a todas as pessoas da Gestione Sportiva que partilharam comigo este percurso, feito de dificuldades mas também de muita satisfação."
O CEO da Ferrari, Benedetto Vigna, agradeceu Mattia pelo seu tempo na equipe: "Gostaria de agradecer a Mattia por suas grandes contribuições ao longo de 28 anos com a Ferrari e, particularmente, por levar a equipe de volta a uma posição de competitividade durante o ano passado. Como resultado, estamos em uma posição forte para renovar nosso desafio, acima de tudo para nossos incríveis fãs ao redor do mundo, para ganhar o prêmio máximo no automobilismo. Todos aqui na Scuderia e na comunidade mais ampla da Ferrari desejam a Mattia tudo de bom para o futuro".
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Mattia Binotto começou a trabalhar na Ferrari em 1995, ele iniciou sua jornada como estagiário e se destacou como engenheiro, sendo chefe de motor em 2009, depois de um período como engenheiro-chefe. O cargo de diretor-técnico veio sete anos depois, em 2016, Binotto substituiu James Allison. Três anos depois ele foi anunciado como chefe da equipe, Mattia substituiu Maurizio Arrivabene.
Nos seus quatro anos como chefe da equipe, Binotto viveu diversos dramas, em 2019 aconteceu o primeiro. Naquela temporada, a unidade de potência da Ferrari parecia de outro mundo, principalmente em velocidade de reta, mas logo as principais rivais, Red Bull e Mercedes, levantaram suspeitas de que havia algo misterioso no carro italiano.
A FIA (Federação Internacional de Automobilismo), então, determinou o sistema da equipe italiana, que pulsava sinais elétricos que interferiam no fluxômetro, como ilegal, sob a justificativa de que a vantagem obtida não estava de acordo com o regulamento técnico.
Nesta última temporada, Binotto voltou a viver novos dramas. Depois de um começo eufórico, com duas vitórias em três corridas, a Ferrari parecia finalmente estar pronta para brigar pelos títulos de Pilotos e Construtores, porém essa não foi a realidade. Com muitos erros de estratégia e problemas nos carros, a equipe italiana viu a Red Bull vencer com tranquilidade os dois títulos da temporada.
Binotto deixará a Ferrari oficialmente em 31 de dezembro. O time italiano encerrou o comunicado dizendo que a conclusão do processo para a escolha do novo chefe de equipe é esperada para o próximo ano.
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