Giba ganhou tudo no vôlei. Mas o seu maior momento ocorreu aos 16 anos

Medalha de ouro e eleito o melhor jogador nos Jogos Olímpicos de 2004. Tricampeão mundial. Oito vezes campeão da Liga Mundial. Oito vezes campeão sul-americano. Seis vezes melhor jogador de vôlei do mundo. E por aí vai.

O currículo de Gilberto Godoy, o Giba, é repleto de títulos e premiações. Mas ele considera o maior momento que viveu no esporte antes de tudo isso, quando teve a certeza de que seria um jogador de vôlei.

“Todo mundo pensa no Mundial de 2002, na Olimpíada de 2004... Foram momentos maravilhosos, mas não teria nada acontecido se não fosse aquele campeonato”, diz o paranaense de 40 anos.

O torneio a que ele se refere foi o Mundial Infantojuvenil de 1993, disputado na Turquia. Giba tinha 16 anos e foi indicado para defender a seleção brasileira.

“Todo mundo falou: ‘ah, vai lá ficar uma semana, viajar de avião pela primeira vez e já vai voltar'. Acabei sendo o melhor jogador e melhor atacante, além de a gente ganhar o campeonato mundial”.

Giba se diverte ao recordar a cerimônia de premiação. Seu nome foi anunciado duas vezes no alto-falante. Como ele não falava inglês, só entendia chamarem Gilberto Godoy. “Fui receber a placa, voltei, depois falaram meu nome de novo. Pensei: ‘diacho, o que é isso? O que estou ganhando tanto assim?’”, sorri.

Quase desistiu da carreira

Giba conta que estava em dúvida se jogaria vôlei no Brasil ou se iria para os Estados Unidos, onde receberia uma bolsa de estudos para jogar por uma universidade.

“Tinha certo que, se eu não fosse um jogador de vôlei top aqui no Brasil, iria estudar nos Estados Unidos, ganhar um bolsa de estudo através do esporte.”

O desempenho no Mundial Infantojuvenil o fez ter a confiança de que se tornaria atleta profissional no seu país. Ao retornar para casa, ligou para o amigo que o havia indicado para uma universidade norte-americano e avisou que não iria mais.

Vi que, com muito treino e com o talento que eu tinha, se combinasse os dois, conseguiria chegar longe”.

Os ídolos como inspiração

Buscar no esporte um algo a mais. E os ídolos podem servir de inspiração. Essa são as mensagens que Giba destaca ao falar sobre a importância do esporte na vida das pessoas. 

Quando criança, ele lutou contra uma leucemia e tem na memória as dificuldades e dores que passou junto com sua família.

“Todos esses fatos eu coloco como superação o tempo inteiro. Ajudam a gente a querer passar por cima, a mostrar que é capaz. Cada um vence de uma maneira”.

Giba cita Ayrton Senna e outros ídolos do esporte nacional como referências e fontes de alegria aos brasileiros.

ESPORTE(ponto final)

A entrevista com Giba foi realizada pelo ESPORTE(ponto final), um canal produzido a partir de depoimentos de ídolos sobre os grandes momentos do esporte.

A cada semana, novos episódios serão lançados na página especial do ESPORTE(ponto final). E você também pode acompanhar nas mídias sociais: youtube.com/esportepontofinal e facebook.com/esportepontofinal.