A justificativa do choro é o que preocupa
Chorar é uma reação humana como várias outras. A gente chora de alegria, de tristeza, de raiva, de nervoso... Chora porque nada deu certo, ou porque conseguimos algo que queremos muito.
Muito tem sido falado sobre o choro de Neymar. Neymar chorou porque teve vontade de chorar. Pode-se até discutir se o choro contra um adversário relativamente fácil como a Costa Rica, na segunda partida da Copa, demonstra ou não uma carga emocional excessiva sobre o garoto. Mas a real é que chorou. Colocou pra fora e segue o jogo.
O que chama atenção é que, horas depois do choro, Neymar escreveu um texto em suas redes sociais comunicando o motivo. Fato que demonstra que ele mesmo - ou sua assessoria - estava preocupado com a repercussão do ocorrido.
Entendo que as redes sociais dos atletas, além de ser um canal para a comunicação com os fãs, serve para ditar o posicionamento da figura pública, diante da opinião pública e das marcas que o patrocinam.
O tom pessoal do post, em primeira pessoa, indica ser do próprio Neymar o texto, ou pelo menos ter sido uma iniciativa que dele partiu.
Isso só confirma que o choro é reflexo da pressão desmedida que o craque está enfrentando. E pressão demais, sem escape, acaba dando ruim (basta lembrar seleção brasileira na Copa de 1998).
Um atleta gigante como Neymar não deve se preocupar com a reação das pessoas frente às suas emoções, ainda mais se forem legítimas e honestas.
É bom ter chorado, se colocou tudo pra fora. É ruim ter chorado se ainda tem coisa guardada.
Enfia a cabeça no time, no treino, no Tite, na paixão e esquece as redes socais, os comunicados públicos.
O mundo pode ter evoluído, mas a essência da natureza humana continua a mesma. Quer muito uma coisa difícil? Foca, esquece todo o resto e vai pra cima.
Vamos ver como estará Neymar nesta quarta-feira, no jogo contra a Sérvia. Tomara que o desabafo tenha feito bem ao camisa 10.
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