Chico Porath busca consistência para time brasileiro em Paris

No ano passado, a seleção brasileira de ginástica artística conquistou um resultado histórico no Campeonato Mundial da modalidade, com seis medalhas, incluindo a inédita medalha de prata na final por equipes. Nos Jogos Olímpicos de Paris, o time quer repetir o pódio do ano passado. E a chave para isso será a consistência, como revelou o técnico Chico Porath em entrevista ao podcast Duplo Twist Hablado.

Chico comentou sobre a preparação da equipe brasileira para os Jogos Olímpicos de Paris. O time deve manter a base do Mundial do ano passado, onde Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Julia Soares e Lorrane Oliveira. Antes dos Jogos, o Brasil irá fazer uma aclimatação onde irá contar com um grupo de oito atletas, sem uma única reserva definida. "A gente sabe que é a Rebeca e Flávia no individual geral e a gente completa a equipe com as outras meninas. Agora, faltando uma peça, a gente precisa que essas meninas estejam prontas. Por isso, a gente quer levar na aclimatação meninas que estejam preparadas para caso precisem competir", explicou o treinador.

A trabalhosa classificação

Nas principais competições de ginástica artística, o primeiro dia acaba sendo o mais importante por definir quem terá chance de disputar cada medalha. Por isso, Chico Porath ressalta que o time brasileiro deve ser consistente para competir bem na classificatória. "Sempre falo com treinadores de outras modalidades que a ginástica é muito injusta, porque o dia principal da competição é a classificatória. Porque é ela que vai te colocar em todas as finais possíveis. Então se você fizer uma classificatória ruim, não adianta você ter treinado séries super difíceis e testado várias coisas", afirmou. As meninas sabem disso e elas são bem maduras para isso. Então a gente monta as séries pensando em ir para as finais", completou o treinador.

A expectativa e o sonho de Chico é que o Brasil faça uma boa classificatória para garantir um lugar entre os times finalistas em Paris: "A gente trabalha agora com números. Se a gente conseguir levar esse time principal e elas competirem bem nós vamos estar na final por equipe e individuais também. Meu sonho é ir para a final por equipes e, se possível começar na paralela, que eu acho que tem dado sorte. Já fizemos avaliações, somando 164,7, mas sem força total ainda. Então, a gente pode chegar ali nos 167 pontos.". No ano passado o time brasileiro somou 165.530 pontos para conquistar a medalha de prata na final do Mundial. Assim, os 167 indicam uma chance alta de pódio nos Jogos Olímpicos de Paris.

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