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Como é a operação de saúde na aclimatação para a Paralimpíada

18/08/2024 13h07

Além de atletas, técnicos e outros profissionais, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) também convocou integrantes do departamento de saúde para os Jogos Paralímpicos de Paris-2024. A princípio, elas estão atuando no período de aclimatação, na cidade francesa de Troyes, antes da cerimônia de abertura do megaevento, que vai acontecer em 28 de agosto.

A equipe é composta por 19 profissionais, sendo um chefe-médico, outros cinco médicos, uma assistente de saúde, uma enfermeira, duas técnicas de enfermagem, quatro fisioterapeutas, três psicólogos e dois nutricionistas. Além deles, também há os profissionais convocados para atuar em modalidades específicas - totalizando 59 pessoas.

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A atuação da equipe já começou na última terça-feira (13), em Troyes, cidade francesa que fica a 160km de Paris. O município, até o momento, recebe as seleções de atletismo, badminton, goalball, natação, remo, taekwondo, tênis de mesa e vôlei sentado. Ainda neste domingo (18), chegaram os atletas do tênis em cadeira de rodas.

Voz do chefe-médico

O chefe-médico Hesojy Gley Pereira Vital da Silva explicou que o CPB se preocupou em preparar os esportistas da melhor maneira possível para evitar atendimentos em Troyes e Paris. No entanto, toda a equipe está preparada para dar o suporte aos atletas, caso haja necessidade - seja por meio de medicamentos, insumos ou equipamentos.

A delegação tem à disposição mais de cem tipos de remédios, 40 utensílios próprios para atendimentos (agulhas, atadura, gaze, protetor ocular, luvas, etc) e 35 aparelhos (maca, ultrassom portátil, aferidor de pressão, banheira recovey, oxímetro, etc).

"Tudo o que a gente fez em São Paulo reflete nas condições em que os atletas chegam à França. Ou seja, quanto menos atendimentos realizarmos agora significa que o trabalho foi bem realizado no Brasil", disse Hesojy. "Em Troyes, temos feito um acompanhamento preventivo, principalmente no que diz respeito à fisioterapia. Além disso, também atuamos para que lesões já existentes não se agravem aqui", continuou.

Hesojy ainda destacou que, até o momento, foram atendidos pequenos casos inerentes a longas viagens, como insônia, diarreia e problemas respiratórios. Segundo ele, essas são as queixas mais comuns durante o período de adaptação a um novo lugar.

"Isso acontece com diversas pessoas, mas, no caso dos atletas, precisamos atacar os sintomas mais cedo para não deixá-los piorar e não atrapalhar na competição", continuou o chefe-médico. "Também estamos preparados para as grandes emergências. Inclusive, contratamos uma ambulância e fizemos uma visita prévia a Troyes para conhecer a estrutura hospitalar da cidade e ficamos satisfeitos com o que observamos", finalizou.

Alimentação na aclimatação

A alimentação também é um ponto de atenção durante a aclimatação. O CPB se preocupou em garantir diariamente a preparação de comida brasileira para os atletas que vão disputar os Jogos Paralímpicos de Paris-2024. Eles têm à disposição para o período de aclimatação: meia tonelada de feijão, uma tonelada de arroz, duas toneladas de carne branca e vermelha, além de 100kg de folhas, entre outros alimentos. As verduras são entregues a cada dois dias no refeitório localizado no Centro Esportivo de l'Aube, em Troyes. A padaria e o hortifruti também são reabastecidos diariamente.

"É uma operação complexa e grande. Mas só de os atletas estarem aqui e receberem uma alimentação do nosso país já traz um pouco de conforto para eles. Os esportistas se sentem abraçados e isso minimiza o estresse. O que a gente puder fazer para ajudá-los, não mediremos esforços", concluiu a nutricionista do CPB, Monique Moreira.

O Brasil será representado por 280 atletas, sendo 255 com deficiência, de 20 modalidades nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. É a maior delegação brasileira já anunciada para uma edição dos Jogos fora do Brasil. Antes, a maior equipe nacional era de 259 convocados ao todo em Tóquio 2020. Já o recorde de participantes do país foi nos Jogos do Rio 2016, ocasião em que o Brasil sediou o megaevento e contou com 278 atletas com deficiência em todas as 22 modalidades já classificadas automaticamente.

*Matéria do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)

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