Do campo à mesa: Cátia Oliveira quer o ouro em Paris

Cátia Oliveira tem alguns dos melhores resultados da história do tênis de mesa paralímpico no Brasil. Ela foi vice-campeã mundial em simples em 2018 e levou a medalha de bronze, também na disputa individual, nos Jogos Paralímpicos de Paris. Agora, ela tem como meta chegar no topo do pódio nas três categorias que irá competir em Paris-2024.

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Aos 33 anos de idade, a paulista Cátia - integrante da classe 2 (cadeirante) - participará dos Jogos Paralímpicos pela terceira vez. "Mesmo indo para minha terceira edição de Jogos Paralímpicos, ainda existe aquele 'frio na barriga'. A diferença é que, agora, sei lidar melhor com ele. A expectativa sempre vai existir. Tenho consciência de que, pela minha experiência, serei um exemplo para as meninas mais jovens que irão competir e espero ajudá-las", diz Cátia.

Do futebol ao tênis de mesa

Cátia Oliveira era atleta de futebol. Aos 16 anos, ela integrava a equipe de Botucatu e, em outubro de 2007, foi convocada para a seleção brasileira sub-17. Mas no mesmo dia, um acidente de carro transformou a sua vida.

"Eu era jogadora de futebol profissional. Jogava na equipe de Botucatu-SP e, no mesmo dia em que fui convocada para a Seleção Brasileira Sub-17, que iria disputar o Mundial da categoria, sofri o acidente. Seis anos depois, o tênis de mesa entrou na minha vida", conta Cátia.

"Conheci a modalidade em 2013, numa feira realizada em São Paulo, especializada em adaptações de equipamentos para deficientes físicos. Ao conhecer o tênis de mesa, me apaixonei por este esporte. Um mês depois, entrei num ginásio para disputar um campeonato e senti que aquela chama que havia se apagado no futebol reacendeu novamente. Voltei a sonhar em defender meu país numa competição esportiva", relata a atleta que melhorou a sua mobilidade desde que começou a praticar o esporte.

Inspiração

Em busca de sua segunda medalha paralímpica após o bronze conquistado em Tóquio, Cátia é uma das mais experientes integrantes da delegação brasileira em Paris. Ela sabe que, além do objetivo de conquistar bons resultados, servirá como exemplo às atletas mais jovens que competirão nos Jogos.

"Além da parte técnica e física, a preparação pisicológica também é fundamental. A parte mental é muito importante. Estou me preparando para, se Deus quiser, conquistar três medalhas de ouro em Paris", anseia, fazendo elogios a Joyce Oliveira, sua parceira nas duplas femininas. Neste ano, a dupla foi campeã do Aberto da República Checa na classe WD5.

*Com informações da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa

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