Confiante, Júlio Agripino sonha com medalha inédita na carreira

Pronto para sua terceira participação em Jogos Paralímpicos, Júlio Agripino talvez nunca tenha chegado tão bem para buscar sua primeira medalha no evento. Em Paris-2024, o corredor paulista, nascido em Diadema, desembarcou como o atual campeão mundial dos 1500m e vice-campeão dos 5000m na classe T11. 

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"É a tão sonhada, que daqui uns dias, já vai se tornar o sonho realizado porque a gente está muito bem. Acho que o principal a gente já fez, que foi uma excelente preparação. Viemos de uma sequência muito boa que veio de Kobe, agora é dar continuidade e dar uma porrada aí nessas duas provas, no 5000m e no 1500m, e se divertir primeiramente, fazendo o dever de casa que é colocando medalha no peito", afirmou Júlio.  

Além de medalhas em mundiais neste ciclo, Júlio Agripino também subiu ao pódio na última edição dos Jogos Parapan-Americanos, em Santiago. No Chile, vieram um ouro nos 1500m e um bronze nos 5000m. Por enquanto, sua melhor colocação de Júlio em Jogos Olímpicos ficou com a sétima posição nos 5000m Tóquio-2020.

Concorrência

A concorrência não deve deixar nada fácil a tarefa de Júlio conquistar. Inclusive, ele tem um grande adversário internamente. Yeltsin Jacques se sagrou campeão das duas provas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e deve tentar repetir a façanha na capital francesa. 

"A gente está com a cabeça muito boa. A confiança lá em cima, visamos fazer história. Independente de quem esteja na prova, vamos fazer nossa parte. Vamos com tudo porque a gente se preparou muito bem, muito bem mesmo e serão medalhas históricas para nós", disse Júlio.

Júlio foi diagnosticado com ceratocone, doença degenerativa na córnea, aos sete anos. Ele era atleta convencional de atletismo. Por isso, migrou para o paradesporto por meio dos treinadores do Centro Olímpico.

Confiança vem da preparação

Tamanha confiança de Agripino vem com base na sua preparação. O corredor e seus guias, Micael Batista e Edelson Ávila, estão concentrados na França desde o final de julho. A comuna francesa de Font-Romeu-Odeillo-Via foi a casa de sua equipe durante quase um mês. 

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"Fizemos uma preparação muito boa. Eu e meus meninos. A gente se concentrou em Font-Romeu-Odeillo-Via, no dia 27 de julho, a 1800m de altitude e ficamos lá até o dia 21 (agosto). Estamos fazendo os últimos ajustes, uma aceleração aqui e outra ali. Agora é só descansar e a confiança nossa está lá em cima", disse. 

"Então, estou muito orgulhoso desse time, muito agradecido por toda a dedicação que eles têm tido comigo. E é isso, nada mais justo do que eu entrar dentro da pista da minha vida junto com eles e a gente ser coroado aí com essas medalhas aí que a gente tanto merece", completou.

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