Estremecidos por caso Armstrong, COI e Agência Mundial Antidoping planejam novas ações
O COI (Comitê Olímpico Internacional) está planejando uma conferência sobre o papel da Wada (Agência Mundial Antidoping, na sigla em inglês) no aprimoramentos do controle de drogas, num momento em que os laços do organismo de vigilância com federações internacionais e comitês olímpicos nacionais vêm se deteriorando.
A Wada, criada por iniciativa do COI em 1999, tem sido um alvo de críticas veemente de muitas federações, incluindo a UCI (União Ciclística Internacional), sobre o que afirma ser um registro pobre de doping.
O entrevero com a UCI se tornou especialmente amargo desde que o ex-ciclista norte-americano Lance Armstrong, vencedor de sete Voltas da França, confessou usar doping e perdeu seus títulos.
Os dois lados passaram os últimos meses mergulhados em uma guerra de palavras, na qual a Wada questiona o comprometimento do UCI com a transparência em um escândalo que abalou o mundo esportivo.
"A data ainda não foi decidida e não se acordou nenhuma pauta", disse uma autoridade do COI, neste sábado, a respeito dos planos da conferência. "Houve acordo sobre a ideia em si".
Na semana passada, John Fahey, chefe da Wada, também exortou outras modalidades, como tênis e futebol, a fazer mais para lutar contra o doping.
Fahey disse ainda que a organização deveria começar a buscar novas fontes de financiamento na própria indústria esportiva, ao invés de depender do COI e de governos, que pagam uma taxa igual para cobrir o orçamento anual de 26 milhões de dólares.
Dick Pound, ex-chefe da Wada e membro do COI, também criticou o que diz ser uma relutância do Comitê Olímpico Internacional para retestar amostras de Olimpíadas passadas que poderia expor trapaças jamais descobertas com novos métodos de detecção.
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