Advogados do COI solicitam informações ao Brasil sobre Nuzman
Advogados do Comitê Olímpico Internacional (COI) contataram autoridades brasileiras para pedir informações sobre indícios do suposto envolvimento do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur
Na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) disse que políticos do Rio de Janeiro e Nuzman, membro do COI e chefe dos Jogos Rio 2016, organizaram pagamento de propina no valor de 2 milhões de dólares para comprar votos na eleição que escolheu a sede da Olimpíada.
A Polícia Federal fez uma operação de busca e apreensão na casa de Nuzman depois que procuradores o acusaram de conspirar com o ex-governador Sergio Cabral, já condenado no âmbito da Lava Jato, para comprar votos na eleição olímpica.
"Desde a manhã de hoje nossos advogados estão em contato com as autoridades judiciais brasileiras", disse Bach a repórteres em Lima. "Assim que provas forem apresentadas, agiremos".
O legado da primeira Olimpíada da América do Sul, encerrada pouco mais de um ano atrás, foi ofuscado por alegações de corrupção.
Quase todos os projetos de infraestrutura dos Jogos estão sendo investigados, e procuradores alegam que grandes empreiteiras subornaram políticos e outros para obter contratos de bilhões de dólares para o evento.
O suposto caso de compra de votos foi descoberto por uma investigação em andamento na França sobre Lamine Diack, ex-presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), e seu filho, Papa Massata Diack, vistos como figuras centrais do caso.
Diack já perdeu sua filiação honorária ao COI.
Em um comunicado emitido no início da segunda-feira, o COI repetiu as afirmações dos procuradores franceses que investigam o caso: Diack é suspeito de ter montado um esquema de venda de votos "para a escolha de cidades-sede para os maiores eventos esportivos globais".
Tanto Diack quanto o filho negaram as alegações. Na semana passada, Massata Diack disse à Reuters que estas são "a maior mentira da história do esporte mundial".
Bach disse não haver "responsabilidade coletiva" do COI e que a entidade agirá, como no caso de Diack, assim que tiver provas.
"Existem alegações relativas ao senhor Nuzman. Ele nem foi acusado ainda. Isto precisa ser esclarecido, e depois uma ação será tomada".
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