Supercopa da Itália na Arábia Saudita é criticada por restrição às mulheres
O vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, classificou de "nojentas", nesta quinta-feira, as restrições impostas às mulheres que queiram assistir no estádio à Supercopa da Itália, que será disputada neste mês na Arábia Saudita.
A partida entre Juventus e Milan será disputada na cidade de Jidá, em 16 de janeiro, como parte de um contrato de três partidas assinado no ano passado pela Séria A italiana com a Arábia Saudita, no valor de 22 milhões de euros.
Esta não é a primeira polêmica envolvendo o país. A decisão de manter a realização da partida após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul também desagradou.
A controvérsia, no entanto, aumentou nesta semana, quando a Série A fez a divulgação sobre a compra de ingressos para o jogo, informando que algumas categorias de assentos estavam reservados somente para homens e explicando que as mulheres poderiam somente ter acesso ao estádio se comprassem ingressos em áreas para "famílias".
"Ter a Supercopa da Itália jogada em um país islâmico onde as mulheres não podem ir ao estádio a não ser que estejam acompanhadas por um homem é triste. É nojento. Eu não vou assistir ao jogo", disse Salvini, torcedor do Milan.
A Supercopa da Itália já foi organizada em outros países, como os Estados Unidos, a China e o Qatar.
O presidente da Série A, Gaetano Micciché, defendeu a decisão de jogar na Arábia Saudita e disse que não mudaria de opinião.
Em um comunicado, ele afirmou que as mulheres não precisarão estar acompanhadas de um homem para entrar no estádio, acrescentando que isso seria um "precedente histórico".
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