Jogadoras espanholas farão greve por pagamentos e condições de trabalho
Jogadoras da elite do futebol espanhol vão entrar em greve por tempo indeterminado a partir de 16 de novembro por causa de um desentendimento sobre pagamentos e condições de trabalho, afirmou hoje a Associação de Futebolistas Espanhóis (AFE).
Na semana passada, 93% das jogadoras empregadas por 16 clubes da primeira divisão votaram para entrar em greve e, após uma reunião entre a AFE, outros sindicatos e a Associação de Clubes de Futebol Feminino (ACFF) não resultar em acordo para resolver o problema, os planos foram anunciados.
"Não houve acordo com a Associação de Clubes de Futebol Feminino e, portanto, foi convocada uma greve indefinida de jogos da primeira divisão, que começará no fim de semana de 16 e 17 de novembro", afirmou a AFE em comunicado.
O principal ponto de conflito entre os clubes e as jogadoras é o contrato de meio período, com a AFE pedindo um mínimo de 12.000 euros líquidos por mês para jogadoras com salário de meio período, enquanto os clubes oferecem 8.000 euros.
"Somos 100% jogadoras de futebol, a cada hora do dia", disse Ainhoa Tirapu, vice-presidente do comitê de futebol feminino da AFE e goleira do Athletic Bilbao, na semana passada.
A primeira divisão feminina é comandada pela Federação Espanhola de Futebol (RFEF). Uma fonte da RFEF disse que o órgão estava acompanhando o assunto com preocupação, embora fosse um problema entre os clubes e as jogadoras.
A Associação de Clubes de Futebol Feminino não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
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