Polícia portuguesa investiga ofensa racista contra Marega, jogador do Porto
A polícia portuguesa está investigando um caso de ofensa racista contra Moussa Marega, atacante do Porto e da seleção do Mali, em uma partida contra o Vitória Guimarães, depois que autoridades políticas e esportivas repudiaram o incidente.
Depois de marcar o que acabou sendo o gol da vitória, Marega saiu de campo aos 26 minutos do segundo tempo da partida da liga portuguesa de ontem após ser vítima de ofensas racistas de torcedores do time adversário, que começaram já no aquecimento.
Segundo a agência de notícias estatal Lusa, a polícia disse que está tentando identificar os responsáveis para encaminhá-los às autoridades judiciais e administrativas. O comportamento racista é um crime punível com até cinco anos de prisão, e ainda implica em multas administrativas de até 10 mil euros.
Figuras da política e do esporte reagiram ao incidente - o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, declarou "solidariedade total a Marega" no Twitter.
"Espero que as autoridades impeçam que isso volte a acontecer", disse ele a repórteres.
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, e o chefe da Liga Portuguesa de Futebol, Pedro Proença, prometeram agir.
"Farei tudo para que estes torcedores que não respeitam o futebol sejam mantidos fora dos estádios", disse Gomes.
As regras da Fifa e da Uefa determinam que, em caso de ofensa racista, os árbitros devem interromper a partida para emitir um alerta, suspendendo-a brevemente se a ofensa continuar, e em último caso encerrar o jogo.
Nenhuma destas medidas foi adotada pelo árbitro Luis Godinho. Em uma postagem no Instagram, Marega reagiu tanto aos agressores quanto ao árbitro por este não defendê-lo.
O presidente do Vitória Guimarães, Miguel Pinto Lisboa, disse que "não percebi nenhum insulto racista, só percebi uma atitude provocadora de um atleta em direção às arquibancadas".
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