Qatar convoca diplomatas, civis e militares para reforçar segurança na Copa
O Qatar convocou centenas de civis, incluindo diplomatas no exterior, ao serviço militar obrigatório para operar pontos de segurança nos estádios da Copa do Mundo. A informação foi divulgada pela "Reuters".
Os recrutas estão treinando para gerenciar filas de segurança nos estádios, revistar torcedores e detectar contrabando como álcool, drogas ou armas escondidas no cabelo, forros de jaquetas ou até barrigas falsas.
O Qatar tem uma população de 2,8 milhões, dos quais apenas 380 mil são nativos, e espera um fluxo sem precedentes de 1,2 milhão de visitantes para a Copa do Mundo. O país já tem um acordo com a Turquia, que está fornecendo 3 mil policiais.
No início de setembro, os civis foram obrigados a se apresentar antes do amanhecer no campo de serviço militar ao norte da capital do Qatar, Doha. Lá, foram informados de que ajudarão na Copa do Mundo e que é seu "dever patriótico" atuar nas funções que serão designados. "A maioria das pessoas está lá porque precisa estar, elas não querem ter problemas", afirmou uma fonte à Reuters.
Solicitado a comentar, um funcionário do governo do Qatar disse em comunicado que o programa de serviço nacional do país continuará normalmente durante a Copa do Mundo.
"Os recrutas fornecerão suporte adicional durante o torneio como parte do programa regular, assim como fazem todos os anos em grandes eventos públicos, como as comemorações do Dia Nacional", disse no comunicado.
Desde 2014, homens do Qatar com idades entre 18 e 35 anos têm treinado com os militares por pelo menos quatro meses como parte do serviço militar obrigatório introduzido pelo Emir, Tamim bin Hamad al-Thani. Fugir da obrigação pode resultar em um ano de prisão e multa de 13,7 mil dólares (cerca de R$ 73,4 mil).
Os recrutas se reportam ao campo de serviço militar cinco dias por semana, onde participam de sessões de treinamento conduzidas por funcionários da divisão de segurança dos organizadores da Copa do Mundo e do Comitê Supremo para Entrega e Legado
Segundo uma fonte da Reuters, eles são ensinados a abordar os torcedores com "linguagem corporal positiva, foco e um sorriso" para respeitar a Declaração Universal dos Direitos Humanos e evitar discriminar os torcedores de qualquer forma.
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