Argentina busca deixar trauma saudita para trás e seguir em frente no Mundial
Por Andrew Cawthorne
DOHA (Reuters) - A Argentina precisa deixar de lado o orgulho ferido após uma derrota chocante para a Arábia Saudita e invocar o espírito de luta de seus predecessores de 1990, se quiserem levar para casa a Copa do Mundo pela terceira vez.
A quinta e última tentativa de Lionel Messi de igualar o feito de Diego Maradona em 1986 ao conquistar o maior prêmio do futebol mundial não poderia ter começado pior, com a derrota de terça-feira por 2 x 1 para os sauditas em uma das maiores surpresas do torneio.
No entanto, Messi e sua equipe podem se recuperar como há 32 anos, quando a Argentina começou a Copa do Mundo de 1990 na Itália com uma derrota surpreendente para Camarões, mas ainda chegou à final.
"Ainda podemos vencer? Claro", disse o ex-defensor argentino Pablo Zabaleta, citando a sequência de 1990, embora os sul-americanos tenham perdido a final para a Alemanha Ocidental.
"Há ainda um longo caminho a percorrer."
Os jogadores da Argentina pareciam traumatizados ao deixarem o campo do Estádio Lusail, depois de perderem sua invencibilidade de 36 jogos, enquanto os sauditas comemoravam ao seu redor.
Mas, quando a poeira baixou, a coragem da Argentina foi restabelecida e seu foco se voltou para dois grandes jogos do Grupo C contra México e Polônia.
"Agora é a hora de estarmos mais unidos do que nunca, para mostrar nossa verdadeira força", disse Messi, com 35 anos, em um apelo à luta. "Cabe a nós consertar o que fizemos de errado."
O técnico Lionel Scaloni deu o mesmo sinal.
"Não temos outra opção senão levantarmos e seguir em frente. Vamos analisar com calma os gols e temos de trabalhar nos aspectos que não fomos bem", afirmou.
Scaloni precisa rapidamente recompor a frieza e a força que serviram tão bem à Argentina em sua notável invencibilidade desde meados de 2019. Isso elevou a equipe ao terceiro lugar no ranking mundial e a tornou uma forte candidata no Catar.
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