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Proprietários do Manchester United consideram vender o clube

23/11/2022 10h40

(Reuters) - Os donos norte-americanos do Manchester United começaram a buscar opções para o multicampeão inglês, incluindo um novo investimento ou uma possível venda, 17 anos depois que a família Glazer comprou o clube.

A família Glazer está trabalhando com consultores financeiros no processo, que pode levar à venda parcial do clube de Old Trafford ou a investimentos, incluindo a reconstrução do estádio e da infraestrutura, disse o clube em comunicado.

Os torcedores do Manchester United têm clamado por uma mudança no comando e os Glazers têm sido alvo de intensas críticas, já que o time, que tem um recorde de 13 títulos da Premier League, passou cinco anos sem ganhar um troféu de qualquer competição. As última taças que o clube conquistou foram a Liga Europa e a Copa da Liga, ambas em 2017.

"Enquanto procuramos continuar construindo a história de sucesso do clube, o conselho autorizou uma avaliação completa das alternativas estratégicas", disseram Avram Glazer e Joel Glazer, co-presidentes executivos e diretores do United, em comunicado.

"Avaliaremos todas as opções para garantir o melhor atendimento aos nossos torcedores e que o Manchester United maximize as oportunidades de crescimento significativas disponíveis para o clube hoje e no futuro", disse o comunicado.

As ações do Manchester United chegaram a subir 20% em Nova York depois que a Sky News informou pela primeira vez sobre o processo de venda, avaliando o clube em 2,6 bilhões de dólares.

Os Glazers, que também são donos do Tampa Bay Buccaneers, franquia da National Football League (NFL), a liga profissional de futebol americano nos Estados Unidos, estão sob pressão com o United ocupando o quinto lugar na Premier League no meio da temporada, que foi paralisada devido à Copa do Mundo do Catar.

Os Glazers compraram o clube por 790 milhões de libras (939,07 milhões de dólares) em 2005 em um negócio altamente alavancado que foi criticado por carregar dívidas no clube. Eles venderam 10% de sua participação por meio da listagem de ações nos EUA em 2012 e venderam mais ações desde então.

(Reportagem de Jose Joseph e Akriti Sharma em Bengaluru e Kane Wu em Hong Kong; Reportagem adicional de Andres Gonzalez Estebaran e Samuel Indyk em Londres)