Homem com camisa de protesto a governo do Irã é retirado de estádio da Copa
Um homem usando uma camisa declarando apoio aos manifestantes contrários ao governo do Irã foi escoltado por agentes de segurança para fora do estádio onde a seleção iraniana venceu País de Gales pela Copa do Mundo do Qatar, nesta sexta-feira (25), disse uma testemunha da Reuters.
A Reuters não pôde confirmar imediatamente porque o homem, usando uma camisa onde se lia "Mulheres, Vida, Liberdade", estava sendo acompanhado por três agentes de segurança de azul.
O representante para a imprensa da Fifa, entidade que comanda o futebol mundial no estádio, não respondeu de imediato a um pedido de comentário, enquanto o gerente de imprensa do estádio disse não ter conhecimento do incidente, mas responderia posteriormente.
Um porta-voz do comitê organizador da Copa encaminhou os questionamentos da Reuters para a Fifa e à lista de itens proibidos elaborada pelo Qatar, mas não disse qual item proibido o torcedor carregava. As regras proíbem itens com "mensagens políticas, ofensivas ou discriminatórias".
Outro torcedor iraniano contrário ao governo do país disse à Reuters que ela havia passado furtivamente uma camiseta pela segurança no estádio, mas que seus amigos haviam sido afastados por causa de suas camisetas que diziam "Mulheres, Vida, Liberdade".
Dentro do estádio, houve repressão a uma mulher com lágrimas vermelhas escuras pintadas dos olhos que segurava no alto uma camisa de futebol com a inscrição "Mahsa Amini - 22" nas costas —uma referência à mulher curda iraniana de 22 anos, cuja morte sob custódia policial há dois meses provocou os protestos em todo o país no Irã.
Um homem ao seu lado segurava uma camisa estampada com as palavras "Mulheres, Vida, Liberdade", um dos principais cânticos dos protestos.
Outro apoiador segurava uma bandeira iraniana com as palavras "Allahu Akbar" (Deus é o Maior), pontuado com linhas negras quando um homem de segurança estava por perto, aparentemente apontando para ele.
Os protestos inflamados pela morte de Amini marcam um dos desafios mais ousados para a República Islâmica desde a revolução de 1979 no Irã.
Amini morreu após ser presa pela polícia moral por supostamente violar os rígidos códigos de vestuário da República Islâmica.
A equipe do Irã na Copa do Mundo se absteve de cantar o hino nacional antes de sua partida de estreia com a Inglaterra na segunda-feira, um sinal de apoio às manifestações.
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