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Tudo está em aberto para duelo entre Dinamarca e Austrália

28/11/2022 09h30

Por Nick Mulvenney

DOHA (Reuters) - A Austrália estará na posição incomum de ter seu destino na Copa do Mundo em suas próprias mãos quando enfrentar o poder da Dinamarca em seu último jogo no Grupo D do Mundial no Estádio Al Janoub, na quarta-feira.

Embora poucos vejam favoritismo dos Socceroos para o confronto, o fato é que uma vitória da Austrália lhes garantiria uma vaga nas oitavas de final pela segunda vez, enquanto um empate seria suficiente se a Tunísia não conseguir vencer a já classificada França.

Carregados de confiança depois de vencer a Tunísia por 1 x 0 em sua primeira vitória na Copa do Mundo desde 2010, os australianos estão determinados a que a vitória revolucionária não seja desperdiçada por um fracasso na quarta-feira.

"O resultado não significará nada se não conseguirmos um resultado contra a Dinamarca", disse Harry Souttar, que foi excepcional contra a Tunísia.

"Vai ser um teste incrível... está tudo em aberto para ambos os times e é para isso que se joga futebol, para os grandes momentos."

A Dinamarca ainda está pagando o preço por não conseguir marcar contra a Tunísia durante o empate em 0 x 0 em sua estreia, e viu sua posição no grupo tornar-se ainda mais preocupante ao ser derrotada por 2 x 1 pela França na segunda rodada.

Semifinalistas do campeonato europeu do ano passado e visitantes regulares das oitavas de final da Copa do Mundo, os dinamarqueses devem ter a qualidade necessária para vencer a Austrália, desde que consigam redescobrir maneiras de fazer gols.

Uma vitória contra os australianos será provavelmente suficiente para se classificar, dada a improbabilidade de que os tunisianos consigam perturbar o time francês, mesmo que o técnico da França, Didier Deschamps, decida poupar titulares no outro duelo da chave na quarta-feira.

O técnico da Dinamarca, Kasper Hjulmand, brincou na semana que poderia pedir emprestado o atacante norueguês Erling Haaland, mas na realidade ele terá que contar com uma equipe que marcou uma média de três gols por partida nas eliminatórias.

"Nesta equipe temos muitos goleadores", disse ele após a derrota para a França.

"Temos grandes atacantes com grandes jogadores em todo o campo que podem fazer gols."

É improvável que o técnico da Austrália, Graham Arnold, mude muito sua escalação, talvez apenas começando com Ajdin Hrustic, agora em forma, no meio de campo, e ele buscará outro desempenho corajoso de seus jogadores.

"Todos os times australianos da história foram subestimados", disse o lateral Craig Goodwin após a vitória sobre a Tunísia.

"Acreditamos em nós mesmos e no que estamos fazendo e vamos lutar até o final para conseguir o resultado contra a Dinamarca."